Os moradores da vicinal Angelim, localizada no município de Alto Alegre denunciaram na manhã desta quarta-feira (26) as péssimas condições da estrada da região.
De acordo com um morador que não quis se identificar, ele mora próximo à via há quase 30 anos, e desde sempre sofreu com a situação.
“Sou morador da vicinal Angelim em Alto Alegre há quase 30 anos. Hoje encontra-se totalmente intrafegável e só conseguimos chegar em nossas propriedades em época de verão rigoroso e olhe lá, ou de barco subindo o Rio Mucajaí”, disse.
Do mesmo modo, ele informa que em menos de um ano, ocorreu uma manutenção em algumas vicinais da região. Algumas das estradas comtempladas foram as vicinais São Paulo, São Raimundo, T, 12 e 13.
No entanto, a vicinal Angelim nunca recebeu nenhuma restruturação e as que receberam, já estão quase intrafegáveis por conta do péssimo serviço da empresa responsável.
“A empresa responsável até realizou a manutenção dessas estradas […] mas não entraram na Angelim. E digo mais: essas vicinais que passaram por manutenção, hoje elas estão todas comprometidas com bueiros quebrados e atoleiros devido ao péssimo serviço prestado por essa empresa”, informou.
Moradores denunciam descaso com crianças e adolescentes
A Vicinal Angelim tem cerca de 9 km de extensão e comporta mais de 20 famílias que moram na região e precisam escoar suas produções.
Do mesmo modo, outra situação destacada é a das crianças e adolescentes, que precisam descer o Rio Mucajaí para consegui ir para à escola.
“Hoje pelo menos cinco crianças com recurso próprios descem o rio Mucajaí em uma canoa com um motor rabeta. Lembrando que quem pilota a canoa é o próprio aluno menor de idade. Eles saem de suas casas 10h e só retornam 21hs, subindo o rio de noite”, ressalta o denunciante.
Dessa forma, os moradores deixam o apelo para os órgãos competentes para arrumar a estrada para a população não sofrer mais com as chuvas.
“Fica o apelo de pais e produtores aos órgãos competentes. Já não aguentamos mais esses descasos, promessas mentirosas […] queremos solução, queremos o nosso direito de ir e vir”, finalizou.
A reportagem entrou em contato com o Governo de Roraima para posicionamento sobre o assunto. Por meio de nota, a Secretaria de Infraestrutura (Seinf) disse que intervém nestas vias conforme a disponibilidade de recursos financeiros, maquinários e equipes existentes já elencadas em contratos. Contudo, a responsabilidade é do é do município e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária.
Disse ainda que a mesma necessita de serviços mais complexos como a inclusão de bueiros, galerias e pontes, além de serviços de aterramento e que existe um projeto de implantação de vicinal, que logo será licitado para obras no local para o verão.
Fonte: Da Redação