Moradores relataram à reportagem da Rádio 93 FM, dificuldades em razão das queimadas na área urbana de Boa Vista.
De acordo com Débora Amaral, que reside no bairro Parque Caçari há cerca de seis anos, a fumaça e a fuligem invadem a residência o que causa diversos transtornos. Além disso, ela ressaltou que o problema é antigo e piora durante a estiagem.
“Todos os anos nós sofremos com as queimadas principalmente nessa época de pouca chuva. A grande dificuldade é porque temos muitos terrenos vazios aqui, pois é uma área de mata grande ao redor do nosso bairro. O cheiro fica insuportável e parece que está no quintal da gente”, explicou.
Além disso, Debora disse que há dias que as janelas e portas precisam permanecer fechadas já que a sujeira invade as residências.
“A maioria das casas, ficam com janelas e portas fechadas, pois têm as fuligens, fica uma sujeira. A gente precisa lavar as roupas que ficam no varal novamente, quando tem queimada. Isso tudo traz consequências ruins, principalmente para as crianças e idosos que têm aqui no bairro. Falta consciência”, ressaltou.
Lei de proibição de queimadas
O secretário municipal do meio ambiente, Alexandre Santos, destacou para a Rádio 93 FM a Lei 947 que prevê a proibição de queimadas na zona urbana da capital.
“Tem a Lei 947, de 2017, que prevê a proibição de queima ou incêndio de qualquer material orgânico ou inorgânico na zona urbana de Boa Vista. As pessoas precisam entender que queimada é um crime passivo de penalidades”, destacou.
Conforme a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, as equipes já registraram por meio da central 156, mais de 1.350 solicitações e denúncias relacionadas à queimadas, entre 2023 e início de 2024.
Apenas em dezembro de 2023, as equipes receberam 137 solicitações. Nestes primeiros dias de janeiro de 2024 já foram 54 demandas enviadas através da central de atendimento da Prefeitura de Boa Vista.
Fonte: 93 FM