O Ministério Público de Roraima (MPF) criou hoje (22) um Grupo de Trabalho (GT) para planejar ações de assistência para indígenas do povo Yawari, da etnia Yanomami, que estão em situação de rua no estado.
Conforme o MPF, a embriaguez de menores de 18 anos está entre os principais problemas enfrentados no atendimento desta população. Além disso, a dificuldade na comunicação é outro obstáculo, segundo o órgão.
Por esse motivo, o MPF afirma que o GT trabalha na formulação de um plano de ação. Neste plano haverá a divisão de tarefas entre órgãos de assistência social do estado.
Nesse sentido, os membros do GT vão pensar em procedimentos no trabalho com os indígenas em situação de rua. Crianças e adolescentes indígenas serão o foco das ações.
“A ideia é discutir os problemas que aconteceram, e que acontecem, para ocasiões futuras. Não é de julgar nem apontar culpado. Estamos aqui para fazer um plano de ação que possa guiar os órgãos nas situações concretas”, disse o procurador da República, Alisson Marugal.
Criação do Grupo
De acordo com o MPF, o GT foi proposto em reunião na sede do órgão na última semana com a participação dos órgãos envolvidos no atendimento de indígenas.
A princípio, a primeira reunião do grupo ocorrerá em outubro no município de Mucajaí, sul de Roraima.
O GT conta com a participação de 16 integrantes, entre eles a Fundação Nacional do Índio (Funai) e membros da Secretaria de Estado do Trabalho e Bem-Estar Social (Setrabes) e Hospital da Criança Santo Antônio.
Além disso, também compõem o GT representantes da Secretaria Municipal Gestão Social de Boa Vista (SEMGS), Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami, Serviço Social do Dsei-Yanomami, Abrigo Infantil e Conselheiros Tutelares de Boa Vista e Caracaraí.
Membros do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) também fazem parte do Grupo.
Fonte: Da Redação