Uberlande Praseres é mãe da pequena Maya Praseres, diagnosticada com hérnia diafragmática congênita. Após uma gravidez complicada, a mulher foi exonerada do Governo do Estado dois dias após o nascimento da filha, atualmente com seis meses de vida. Agora, ela luta para receber a rescisão. Além disso, ela aguarda o pagamento do abono de férias há quase um ano.
Ela explicou que, em novembro do ano passado, ficou sem receber o abono de férias. Ao procurar a Secretaria de Estado da Educação (Seed), a Pasta respondeu que havia ocorrido um erro, mas que ela receberia o valor no mês seguinte. O que não aconteceu.
“Quando foi no final de fevereiro, foi quando foram me explicar que ainda não tinha sido feita a solicitação do pagamento porque outras pessoas tinham ficado sem receber. Mas já estavam terminando de fazer a juntada de documentação e encaminhar para pagamento”, disse.
Após 11 meses de espera, ela ainda não recebeu a quantia. Conforme a mulher, ela precisa receber o pagamento para custear a medicação e tratamento da filha.
“Minha filha está precisando de medicamentos que são muito caros… minha filha passou 4 meses sem tomar medicação porque eu não tinha os R$ 220 para comprar a cartela da medicação dela”, falou.
Exoneração
A filha de Uberlande nasceu no dia 16 de março. Dois dias depois, sua exoneração saiu no Diário Oficial do Estado (DOE-RR), mesmo ela tendo o direito à licença maternidade. Ao procurar saber o porquê, ela não recebeu respostas concretas.
“Eu ainda estava na maternidade. Eu ainda nem tinha ido para a casa. Só que eu só fui tomar conhecimento em abril […] Também fui no gabinete procurar saber o que tinha acontecido, por que eu tinha sido exonerada, sendo que eu já estava de licença. Foi quando, na época, a assessora da secretária de Educação [Leila Perussolo], só disse para mim que eu podia ser exonerada sim e que eu fosse no RH preencher o requerimento solicitando os meus direitos”, relatou.
Assim, ela formalizou a solicitação para receber a rescisão. No entanto, ela ainda espera pelo pagamento após quase seis meses.
“Se queriam me exonerar, não tem problema. Agora pague o que é meu por direito. Até porque eu estou precisando”, falou.
Uberlande afirmou que já apelou até mesmo para políticos próximos ao governador Antonio Denarium (PP). Inclusive, já esteve com o atual titular da Seed, Nonato Mesquita, por três vezes.
“Dentre essas vezes, dentro da casa do Soldado Sampaio. Uma pessoa que, sinceramente, não sei como está aí nos representando […] Fui procurar saber se ele poderia intervir, conversar com o governador para ver se acelerava o processo para sair meu pagamento. Mas assim, me ignorou por completo”, contou.
Citada
Procurada, a Seed afirmou que Uberlande é do quadro efetivo da Pasta. Do mesmo modo, disse que ela não estava em licença maternidade, mas em licença médica. Explicou ainda que o Governo do Estado a exonerou no dia 3 de março, no entanto, ela entrou com licença maternidade no dia 16.
Sobre a cobrança de indenização, a Pasta afirmou que trata-se de verbas rescisórias e que o processo está tramitando na Secretaria.
Fonte: Da Redação