Unidades da Força Terrestre Componente (FTC) Pedro Teixeira participaram, nesta quinta-feira, 9, de um intenso exercício de tiro real com armas coletivas na Serra do Tucano, em Boa Vista (RR). A atividade integrou a Operação Atlas e demonstrou, na prática, a prontidão operacional e o alto poder de dissuasão das tropas brasileiras em ambiente de selva.
O adestramento reuniu meios de apoio de fogo de sete organizações militares do Exército Brasileiro, além da Força Aérea Brasileira. Cujo objetivo de capacitar a FTC em ações defensivas e ofensivas na região amazônica. A simulação teve como cenário a contenção de uma ameaça simulada e serviu para integrar os diferentes vetores de combate, em um esforço coordenado de grande envergadura.
Integração de meios e precisão cirúrgica
A demonstração começou com o apoio aéreo aproximado, realizado por uma aeronave A-29 Super Tucano da Força Aérea Brasileira. Ela forneceu cobertura necessária à tropa em solo. Em seguida, viaturas blindadas do 18º Regimento de Cavalaria Mecanizado — modelos Guarani, Guaicurus e Cascavel — abriram fogo com metralhadoras calibre 7,62 mm, .50 e canhão 90 mm. Dessa forma, neutralizando alvos em terreno hostil.
A Artilharia de Campanha teve protagonismo com o 29º GAC AP operando os obuseiros M109 A5+BR de 155 mm. Sendo portanto, capazes de alcançar até 30 km com munição assistida. Já o 10º e o 1º GAC de Selva empregaram obuseiros Oto Melara de 105 mm para anular posições inimigas simuladas.
O 3º Regimento de Carros de Combate, por sua vez, simbolizou o contra-ataque com os Leopard 1A5. Sendo dotados de sistemas avançados de estabilização e imagem termal, capazes de engajar alvos a até 4 km. Mesmo em movimento e com mais de 95% de precisão.
Encerrando a ação, o 6º Grupo de Mísseis e Foguetes lançou o Sistema Astros contra um alvo estratégico. Com alcance de até 90,2 km por foguetes e 300 km com o Míssil Tático de Cruzeiro, o Astros reafirma a capacidade estratégica do Brasil de responder com vigor a ameaças em profundidade.
Sinergia e poder de dissuasão
O exercício foi um marco na preparação da Força Terrestre, ao agregar simultaneamente os vetores de maior poder de fogo e choque do Exército Brasileiro em uma única operação. A sincronização entre meios aéreos e terrestres permitiu o emprego coordenado de capacidades letais em todos os níveis da manobra.
O exercício de tiro real representou o ápice das atividades desenvolvidas pela Força Terrestre no terreno durante a Operação Atlas 2025. Portanto, consolidando os esforços de adestramento conduzidos ao longo da operação.
Conforme o Exército, ao integrar distintos meios de combate em um ambiente operacional desafiador, a atividade reafirmou a capacidade da Força Terrestre de atuar com efetividade. Além, precisão e alto grau de coordenação. Como resultado, elevando o nível de prontidão das tropas e confirmando a robustez do preparo militar para o emprego do Exército Brasileiro em missões reais de combate.
Fonte: Centro de Comunicação Social do Exército

