Mais uma vez Boa Vista fica encoberta por uma ‘nuvem de fumaça’. Desde domingo (24), imagens compartilhadas nas redes sociais mostram diversos pontos da cidade completamente tomada pela fumaça. A Plataforma Selva, da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), que monitora os impactos das queimadas da Amazônia, classificou a qualidade do ar da capital como “péssima”.
Na plataforma de monitoramento, Boa Vista apresentou 334.5µg/m3 em uma escala que vai 0 a 160 µg/m3 as 19h30 de ontem, um número considerado alto.
Além disso, as 09h43 da manhã desta segunda-feira (25), o Mapa do Ar em Tempo Real classificou o ar da cidade como “muito prejudicial”.
A categoria “Muito Prejudicial à Saúde” é classificada de 200 a 300. Especialistas recomendam o uso de máscaras para proteção contra a poluição e que a população, principalmente crianças e idosos, evitem esforços prolongados ao ar livre.
Recorde de focos de incêndio
Dessa forma, a péssima qualidade do ar acontece por conta de focos de incêndio que ocorrem no estado e também em países vizinhos, como a Guiana, o Suriname e a Venezuela.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), registraram, até ontem, 1.312 focos de incêndio no mês de março. O recorde, registrado em 2019, foi de 2.433 focos. De janeiro até agora, o INPE já registrou 3.973 focos de incêndio em Roraima.
Na Guiana, dados dos satélites do INPE mostram que o mês de março atingiu 490 focos de incêndios, ultrapassando o maior registro para o mês, em 2003, quando os dados registraram 472 focos de incêndio.
No Suriname, os dados do instituto mostram que o país vizinho registrou, até o momento, 101 focos de incêndio, ficando próximo do maior registro, também de 2003, quando monitoraram 112 focos.
Por fim, dados apontam que na Venezuela tem registrados, em março, 9.702 focos de incêndio. Em 2003, registraram os maiores números, desde que iniciou o registro, em 1998, o país fechou março com 12.313 focos.
Fonte: Da Redação e Agência Brasil