Cidades

Presos por pensão alimentícia devem ficar em celas separadas

A Justiça de Roraima determinou que presos por pensão alimentícia devem ficar em celas separadas no Comando de Policiamento da Capital (CPC). A decisão é da semana passada.

Conforme a determinação, também fica vedada a prisão dos devedores em dias não úteis, devendo sempre ser oportunizado o pagamento do débito alimentar. A decisão é da juíza da Vara de Execução Penal, Joana Sarmento de Matos.

De acordo com a decisão, no final de junho e no início de julho, um oficial de justiça liberou presos por não terem sido aceitos no Centro de Progressão Penitenciária (CPP), assim como na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc).

No primeiro caso, as autoridades liberaram o preso devido à existência de decisão liminar que impede a entrada de novos detentos no CPP.

Já no caso da Pamc, autoridades liberaram o detento por não ter passado por exame de corpo de delito. A autoridade policial deve requisitar o exame.

Decisão

A juíza afirma que a decisão tem como base o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). O documento trata de medidas de combate à propagação do coronavírus no âmbito prisional.

Entre as medidas estabelecidas no TAC e apontadas na decisão está a separação dos presos que adentrarem o sistema prisional do Estado. A medida é de 6 de abril de 2020.

Além disso, a prisão dos devedores de pensão alimentícia ocorre devido ao não cumprimento destes de uma obrigação civil. Em razão disso, autoridades não devem encaminhar os detentos à Pamc.

“Diante do exposto, em razão da ausência de local adequado no sistema prisional de Roraima, entendo, em caráter excepcional, que os devedores de alimentos deverão ser apresentados e custodiados, em cela separada, no Comando de Policiamento da Capital – CPC”, escreve a juíza.

Ainda conforme a juíza, detentos encaminhados ao CPC deverão passar por exame de corpo de delito. Além disso, o oficial de justiça deve solicitar o apoio da Polícia Civil, através da Polinter, para adoção das providências necessárias.

“Este é indispensável, visto que se trata de diligência necessária para resguardar a legalidade da diligência realizada, sob pena de responsabilização penal e administrativa da autoridade que não a fizer”, determina.

Fonte: Da Redação

Bryan Araújo

Recent Posts

Smtran integra operação nacional de fiscalização e segurança no trânsito

Ação segue até o carnaval de 2026, abrangendo as festas de fim e início de…

58 minutos ago

Prefeitura de Caroebe vai gastar mais de R$ 1 milhão em aluguel de estrutura para eventos

São João da Baliza também vai contratar os serviços pelo valor milionário. Informações constam em…

2 horas ago

Justiça obriga banco a suspender cobranças de cartões de crédito consignado não contratados

Medida é resultado de uma Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público de Roraima

3 horas ago

Aprovado financiamento de imóveis maior para famílias de baixa renda

Principal deliberação envolve a atualização do teto dos imóveis nas faixas 1 e 2 do…

3 horas ago

Senado rejeita urgência para votação de projeto que legaliza cassinos, bingos e jogo do bicho no país

Para os parlamentares contrários ao texto, afirmaram que projeto pode incentivar o vício em jogos

4 horas ago

Jovem quebra tornozelo após cair de pé de manga em Boa Vista

Vítima havia subido na árvore quando, em determinado momento, perdeu o equilíbrio e despencou

5 horas ago