Proteção e apoio: Patrulha Maria da Penha amplia atuação e chega na zona rural e indígena de Boa Vista

Guardas municipais visitaram as comunidades Serra da Moça e Vista Alegre na ultima quinta-feira, 31. Grupo vai manter a regularidade das fiscalizações presenciais

Proteção e apoio: Patrulha Maria da Penha amplia atuação e chega na zona rural e indígena de Boa Vista
Foto: Divulgação PMBV

A Patrulha Maria da Penha é uma força de proteção e apoio às mulheres vítimas de violência. Agora, a Prefeitura de Boa Vista expandiu o serviço de fiscalização das medidas protetivas para a área indígena e a zona rural, assegurando que mais mulheres tenham acesso à segurança e ao respeito que merecem. Nessa quinta-feira, 31, os guardas municipais visitaram as comunidades Serra da Moça e Vista Alegre.

Acompanhamento da Patrulha Maria da Penha

Do mesmo modo, a equipe ouviu seis vítimas acompanhadas pela Patrulha sobre suas condições de segurança. Atualmente, elas também são assistidas na região por profissionais do Centro Referência e Assistência Social (CRAS) e Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS).

“Sabemos que a violência doméstica não escolhe lugar. Por isso, nosso trabalho precisa chegar a todas as vítimas. A iniciativa surgiu da necessidade de atenção redobrada às mulheres da área indígena e zona rural, muitas vezes mais vulneráveis e com dificuldade de acesso a serviços de proteção que agravam o problema”, afirma a integrante da Patrulha Maria da Penha, Jessyka Pereira.

Conhecimento libertador 

Moradora da Comunidade Indígena Vista Alegre, uma mulher de 49 anos (que não pode ser identificada), foi vítima da violência doméstica. Ela assistiu a uma palestra da Patrulha Maria da Penha na ação “Prefeitura com Você”, ocorrida na comunidade vizinha, Campo Alegre, no mês de julho. Ali decidiu romper o ciclo de violência que vivia com o ex-marido.

 “Ele dizia que ia mudar, mas continuava me agredindo. Da última vez, levei um soco no peito e ele me mandou embora. Aquilo me machucou. Eu denunciei a situação e com o apoio da minha família estou conseguindo vencer. Com as visitas da Patrulha criei mais força e me sinto mais segura”, comentou a assistida pela PMP.

À época, Jessyka foi uma das palestrantes. “Falamos sobre o medo e vergonha das vítimas, de como elas são julgadas e muitas vezes culpabilizadas pela sociedade, dos caminhos para denunciar e como o município apoia essas mulheres. Ela entendeu, buscou auxílio e utilizou os meios de denúncia disponíveis. Isso para nós é gratificante” disse Jessyka.

Próximo passo da Patrulha Maria da Penha

Assim, a Patrulha Maria da Penha vai manter a regularidade das fiscalizações presenciais e o contato pelo WhatsApp exclusivo para atender as mulheres assistidas, bem como fortalecer parcerias com lideranças locais, buscando criar uma rede de apoio forte que possa atuar de forma preventiva e rápida em casos de violência.

Dados de Boa Vista

Desde 2021 até setembro deste ano, o número de atendimentos a mulheres em situação de violência em Boa Vista foi significativo.

Durante esse período, ocorreu o recebimento de 6.968 casos de mulheres atendidas. O total de visitas chegou a 38.510, o que evidencia o esforço da prefeitura em acompanhar as vítimas e verificar as condições de segurança.

Além disso, o trabalho de proteção resultou em 158 conduções de agressores por descumprimento de medidas protetivas e mais 20 detenções relacionadas a outros crimes. Esses números demonstram a gravidade da situação enfrentada por muitas mulheres e a importância da ação contínua para combater a violência de gênero.

Como denunciar a violência contra mulher

O fortalecimento das denúncias é fundamental para que ocorra a apuração e punição de crimes de violência. As vítimas podem falar com a Patrulha Maria da Penha através do número (95) 98414-4413.

Elas também podem procurar a Casa da Mulher Brasileira, localizada na rua Uraricoera, S/N, no bairro São Vicente. Qualquer mulher que esteja se sentindo ameaçada ou em situação de risco de violência também pode ligar no 190 da Polícia Militar.

Fonte: Da Redação

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