Roraima apresenta um índice de pobreza em 46% conforme dados a Fundação Getúlio Vargas (FGV). No último ano, o estado avançou 2,6 pontos e alcançou 46,16% dos roraimenses.
O cálculo, feito com base na PNAD Contínua, é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e revela que milhares de famílias vivem com menos de R$ 500 por mês e dependem de organizações do terceiro setor para se alimentarem.
Conforme a FGV, a pobreza aumenta em diversas regiões do país e afeta, principalmente, o estado do Maranhão. Quase 60% da população está em situação de pobreza.
Por outro lado, Santa Catarina, região Sul do Brasil, tem pouco mais de 10% de pessoas pobres, o que escancara a desigualdade social, de acordo com a instituição.
Os maiores nível e incremento da pobreza na pandemia são robustos. Eles pintam o mapa da pobreza brasileiro em tons mais fortes de tinta fresca”, destaca o estudo. Roraima, por exemplo, ocupa a 11ª posição no ranking das regiões mais pobres do Brasil. Quando analisados apenas os municípios do interior, esse índice dispara a 59%.
Todavia, sem dinheiro, muitas famílias vivem a incerteza das refeições diárias e dependem da ajuda de organizações não governamentais para suprir necessidades básicas.
É o caso de Maria del Socorro, que vive na ocupação Vila Nova, na cidade de Pacaraima, fronteira com a Venezuela, uma das regiões mais afetadas pela pobreza.
É importante receber uma cesta básica, principalmente para nós, mães, que não podemos trabalhar. Eu sou uma mulher com deficiência e se torna ainda mais difícil conseguir um emprego para sustentar meus filhos”, disse.
Logo, de acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), do IBGE, 39% dos roraimenses vivem em insegurança alimentar, entre leve (23,6%), moderada (6,7%) e grave (9,2%) que vai ao encontro então, da realidade nacional, em que a falta de comida já afeta assim, a mesa de mais de 33 milhões de brasileiros e fez com que o país voltasse do Mapa da Fome.
A coordenadora do projeto, Lusmara López, disse que a fome é uma das situações mais graves que existem.
“São pessoas em situação de extrema vulnerabilidade, tanto brasileiros quanto migrantes que chegam até o Brasil pela rota de Pacaraima. A fome é uma das coisas mais graves pelas quais pode passar um ser humano, por isso atuamos para diminuir os impactos na vida das pessoas.”
A ONG tem levado resposta de enfrentamento à fome em todo o país, com destaque para o Amazonas, onde já atendeu 16,9 mil pessoas, sendo mais de 7 mil crianças, com cestas básicas e cartões de alimentação.
O projeto “Esperança sem Fronteiras”, é desenvolvido para dar assistência humanitária a venezuelanos deixam o seu país e também brasileiros em situação de vulnerabilidade. O foco é segurança alimentar e nutrição, educação e proteção infantil, além de outros meios de subsistência, como os cursos profissionalizantes
Fonte: Da Redação
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