Roraima registra aumento de quase 40% no número de medidas protetivas concedidas pela Justiça

Estado contabilizou 2.650 medidas protetivas concedidas em 2023

Roraima registra aumento de quase 40% no número de medidas protetivas concedidas pela Justiça
Foto: Reprodução

A Justiça concedeu 2.650 medidas protetivas de urgência em Roraima em 2023, um aumento de 38% se comparado ao ano anterior, quando foram registradas 1.882. Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

Os números representam um crescimento significativo dos casos de violência doméstica e crimes de ameaça contra mulheres no estado.

Só de violência doméstica, em 2022, eram 1.274 casos em Roraima. Já no ano passado, foram 1.500. A taxa corresponde a 474 mulheres por 100 mil habitantes.

Com relação ao crime de ameaça contra mulheres, em 2022, foram 3.991 casos. No ano passado, foram 4.760 casos, ou seja, um aumento de quase 20%.

Os casos de perseguição contra mulheres também cresceram. Foram 237 em 2022 e, no ano passado, foram 524 registros.

Combate

Para combater a violência contra a mulher na capital, a Prefeitura de Boa Vista, em parceria com o Tribunal de Justiça de Roraima, acompanha as vítimas após o registro da medida protetiva através da Patrulha Maria da Penha.

Ao jornalismo da Rádio 93 FM, a comandante da Patrulha, Cristiane de Paiva, explicou como funciona as ações do programa.

“Nossas equipes são dividas em cinco, fazemos o estudo do caso e partimos para a primeira visita. Essa mulher é acompanha, em média, por 60 dias. São visitas regulares, a cada cinco dias estamos na casa dela e ela pode contar com a equipe por 24 horas. Nós temos um número restrito, só para essas mulheres. Em caso de o agressor, mesmo com a medidas protetivas, se ele descumprir essa medida, essa mulher pode nos acionar”, disse.

No ano passado, a Patrulha Maria da Penha atendeu mais de 2.200 mulheres. E de janeiro à junho deste ano, ocorreram mais de 7 mil visitas a mais de 1.200 mulheres após os registros de medida protetiva com urgência.

“A denúncia ocorre em uma delegacia. Tem a delegacia da mulher, na Casa da Mulher Brasileira e também nas delegacias, o quinto DP. E depois dali a gente começa o nosso trabalho, quando essa medida é encaminhada para a Patrulha Maria da Penha”, detalhou a comandante Cristiane de Paiva.

Em situação de risco e violência física, a vítima pode ligar diretamente para o 190.

Fonte: Rádio 93 FM

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