Entre 2021 e 2023, Roraima registrou o total de 1.544 estupros contra crianças e adolescentes de 0 a 19 anos de idade, média superior a um caso por dia. A taxa estadual do último ano do levantamento foi de 228,7 por 100 mil habitantes, portanto, a segunda mais alta da Amazônia Legal.
Os dados são do relatório Violência Contra Crianças e Adolescentes na Amazônia. O documento foi divulgado nesta quinta-feira, 14, pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Em 2021, o estado registrou 453 casos, taxa de 186,4 por 100 mil habitantes. As vítimas foram 65 crianças de 0 a 4 anos, 102 de 5 a 9 anos, 214 de 10 a 14 anos e 72 adolescentes de 15 a 19 anos.
Já em 2022, foram 535 ocorrências (220,1 por 100 mil), sendo 69 vítimas de 0 a 4 anos, 114 de 5 a 9 anos, 269 de 10 a 14 anos e 72 de 15 a 19 anos.
Semelhantemente, em 2023, Roraima contabilizou 556 casos, taxa de 228,7 por 100 mil habitantes, com 72 vítimas de 0 a 4 anos, 98 de 5 a 9 anos, 228 de 10 a 14 anos e 98 de 15 a 19 anos.
O levantamento utilizou dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp). Além disso, teve como base informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – Censo 2022 e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Boa Vista
O Roraima em Tempo repercutiu no início do mês de agosto dados do 19º Anuário da Segurança Pública do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O documento indicou que a capital Boa Vista teve em 2024 o maior índice de estupro e estupro de vulnerável do país. A cidade registrou 137 casos a cada 100 mil habitantes. O número é três vezes maior que a média nacional.
No total, Roraima registrou 790 casos no ano passado (pouco mais de 2 estupros por dia), uma taxa de 110,2 por 100 mil habitantes. Ou seja, o índice é três vezes maior que a média nacional, de 31,6 por 100 mil habitantes.
Fonte: Da Redação