Roraima tem a maior taxa proporcional de desaparecimento de pessoas do Brasil. Os dados são do Anuário da Segurança Pública do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e se referem ao ano de 2024.
De acordo com o levantamento, o estado registrou 73,7 casos de desaparecimento para cada 100 mil habitantes, superando todas as demais unidades da federação.
O anuário, referência nacional em estatísticas de segurança, mostra que o país registrou um total recorde de 81.873 pessoas desaparecidas ao longo de 2024, ou seja, uma média diária de 224 desaparecimentos.
A Polícia Civil de Roraima (PCRR) tem divulgado pedidos para que a população ajude a encontrar pessoas desaparecidas. Esta semana por exemplo, o Núcleo de Investigação de Pessoas Desaparecidas (NIPD) divulgou a foto de 25 pessoas – entre crianças, jovens e adolescentes.
Cemitério clandestino
Em janeiro deste ano, a Civil deflagrou operação para apurar denúncia de que havia um cemitério clandestino nas proximidades da rua Três Marias, no bairro Pricumã. No local, a equipe localizou cinco corpos e as ossadas de mais quatro pessoas dentro de uma manilha concretada.
Já em fevereiro, a polícia identificou três das vítimas. São elas: Noelis Del Valle Cana, de 38 anos, Daniel Jesus Vargas Natera, de 28 anos e também Nestor Policarpo Petruce Rodriguez, de 34 anos. Eles estavam desaparecidos. Na ocasião, a Polícia Civil divulgou que eles morreram por choque hemorrágico devido a um ferimento causado por arma branca.
Já em julho, a Polícia Deflagrou a “Operação Sepulcro” para apurar a prática de homicídios em um local do bairro Pricumã chamado de “favelinha”. Como resultado, os crimes foram supostamente cometidos por integrantes de uma organização criminosa de origem venezuelana, com atuação no estado. As investigações indicam que um cemitério clandestino, é supostamente utilizado pela facção para ocultar os corpos de vítimas executadas.
Fonte: Da Redação