O número de medidas protetivas em casos de violência contra a mulher cresceu em 32,24% em Roraima no 1º trimestre desse ano, comparado ao mesmo período de 2021. Os dados foram divulgados em relatório nesta terça-feira (5) pelo Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR).
As informações apontam média de 148 pedidos de medidas concedidos a cada mês. Em contrapartida, no ano passado a média era de 111.
A Juíza Suelen Márcia Silva Alves, explica que os dados são compilados pela Coordenadoria da Mulher e são referentes ao três primeiros meses deste ano.
Transparência no TJRR
Aurilene Mesquita é chefe do setor de Atividades de Enfrentamento à Violência Doméstica do TJRR. Dessa forma, ela destacou que o documento é uma ferramenta que aumenta a transparência. Do mesmo modo, aumenta a divulgação dos números da violência doméstica e de gênero no estado.
Assim, a medida protetiva de urgência é uma forma prevista em lei para inibir que a vítima sofra novas agressões. Também inibe que a violência se agrave, podendo chegar, inclusive, ao feminicídio.
Perfil do agressor
O relatório destaca ainda que as violências contra as mulheres são, em maioria, em relacionamentos heteroafetivos. E que em apenas 1,4% dos casos a parte agressora é a mulher.
“A mulher sofre violência por se encontrar em um contexto relacional potencialmente desencadeador de conflitos, com um homem que a menospreza e a subjuga por sua simples condição feminina”, destaca o relatório.
Pódio da violência contra mulher
Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública apontaram que Roraima apresenta uma taxa de 8,3 homicídios de mulheres para cada 100 mil habitantes em 2021. Esta é a maior taxa do Brasil.
Além disso, o documento aponta que Roraima teve a segunda maior taxa de violência doméstica do país. Além disso, o número de estupros de vulneráveis quase dobrou em comparação a 2020.
Fonte: Da Redação