10 filmes de que mais tenho vergonha de ter visto no cinema

A coluna de hoje vai falar sobre os 10 filmes que mais deram vergonha ao colunista Júnior Guimarães. Boa leitura!

10 filmes de que mais tenho vergonha de ter visto no cinema

Para começar: tem algum filme de que você se lembra que viu no cinema e bate aquele arrependimento? Na verdade, mais que isso: você tem algum filme que lhe deu vergonha mesmo?

Ver filmes ruins no cinema é mais normal do que se pensa. Sair frustrado da sala escura? Também. Entretanto, às vezes, dá vontade de voltar no tempo para deixar o hype do cinema passar para esperar a vergonha em casa. Ou “desver” mesmo – que seria a melhor decisão em certos casos.

Na lista abaixo, estão os dez filmes de que mais tenho vergonha de ter visto no cinema. Mais que ruins, as pérolas abaixo me deram Síndrome de Avestruz. Se você gosta de algum deles, parabéns. Acredite, era o que eu queria que acontecesse comigo – tanto que fui ao cinema. Só que, infelizmente, não rolou.

10. TRANSFORMERS: A VINGANÇA DOS DERROTADOS (2009)

O primeiro Transformers é um espetáculo. Mas, como eu perdi no cinema, resolvi corrigir esse erro no segundo filme. Mal sabia que o maior erro era o que eu estava cometendo quando eu saí de casa para ver essa continuação.

Além da falta de impacto do primeiro Transformers: A Vingança dos Derrotados tem uma trama vexaminosa e um fetiche desnecessário com Megan Fox, que é uma atriz linda, porém péssima. Só se salvam os efeitos visuais incríveis e o gigantesco Devastador, que é uma combinação bacana de vários robôs em um só.

E é só.

9. X-MEN: FENIX NEGRA (2019)

Há alguns anos, fiz um ranking de todos os filmes dos X-Men no meu canal Tomada Um (veja aqui). Adivinha qual o último lugar? Ela mesma. X-Men: Fenix Negra desperdiça várias coisas importantes. Até a própria reputação dos mutantes no cinema, já que tudo parece ter sido feito na base da preguiça.

Isso porque não existe uma cena impactante sequer, os personagens mais legais são subaproveitados e até os efeitos estão bem pobres. Quando sai do cinema, não deu para esconder a mão no rosto.

Quer ver uma Fenix Negra legal? Veja X-Men: O Confronto Final (2003). Até rimou.

8. OS MERCENÁRIOS 3 (2014)

É um daqueles casos em você espera um tipo de filme, que até começa promissor, mas ele acaba tomando um rumo bem diferente – e bem decepcionante. Os Mercenários 3 resgata o ex-astro de ação Wesley Snipes para se juntar à trupe de brucutus e fazer jus à série.

E para quê? Para seu personagem ser esquecido no rolê, simplesmente, e Stallone procurar uma turma nova e mais jovem (uma espécie de “brucutus da nova geração”). Que bola fora! Quando tudo acaba, é inevitável a sensação de “é isso?”. Infelizmente, era isso mesmo.

7. AS PANTERAS DETONANDO (2003)

Eu ainda nem tinha entrado na casa dos 20 quando decidi ir ao cinema para prestigiar (por assim dizer) As Panteras Detonando. Mais uma vez seduzido pela expectativa, já que eu curti o filme de 2000.

O problema é que, dessa vez, extrapolaram nas brincadeiras com as leis da física. É uma cena mais absurda que a outra, com os efeitos de Matrix usados a torto e à direita, em uma obra que não exigia tanto da sequência. E foi pior aos brasileiros. Afinal, vimos nossa expectativa minguar ao nos contentarmos em ver o ator Rodrigo Santoro entrar mudo e sair calado.

6. LIGA DA JUSTIÇA (2017)

A cena do Flash tentando acertar um Superman fora de si é divertida e a única coisa que funciona nesse filme. O resto é vergonhoso. Ainda mais para uma obra que junta os maiores heróis da DC e que prometia um encontro épico.

Contudo, o que recebemos foi uma continuação com uma trama simplória demais, um vilão sem graça, cenas de ação genéricas, um visual de péssimo gosto e uma câmera lenta do Flash que perde feio para qualquer cena do Mercúrio dos X-Men. Se eu soubesse que haveria um Snydercut, nem tinha me dado o trabalho.

5. A CASA AMALDIÇOADA (1999)

Vamos ligar os pontos: o produtor é Steven Spielberg, o diretor é o mesmo de Twister e Velocidade Máxima, o criador dos efeitos visuais é o mesmo de O Retorno de Jedi e Jurassic Park e o elenco estelar é liderado por Liam Neeson e Catherine Zeta-Jones. Tinha como dar errado?

A Casa Amaldiçoada provou que sim, pois é o maior conjunto de desperdícios que eu já vi no cinema. Tantos talentos em um remake que não assusta, não empolga e causa mais bocejos que sustos.

Ah, o elenco? Pagou as contas, obrigado.

4. A SAGA CREPÚSCULO: AMANHECER PARTE 2 (2012)

Os filmes anteriores já não eram bons. Mesmo assim, fui ao cinema por insistência da minha irmã, em uma das poucas vezes em que ela se empolga para ver um filme. Confesso que, até certo ponto, Amanhecer Parte 2 não me causou nada estranho: eu já estava acostumado com o ritmo e até me impressionei com a batalha final.

Mas aquele plot twist, olha… A conclusão me deixou tão pasmo (no mau sentido) que fiquei boquiaberto até o fim da sessão. Mas o único sentimento que posso descrever é o amor que sinto pela minha família.

Te amo, mana!

3. QUARTETO FANTÁSTICO (2015)

Para mim, o filme mais decepcionante dessa lista. Apostei todos os meus bitcoins nessa reformulação com um novo elenco, muito por causa de Josh Trank, diretor do ótimo Poder Sem Limites.

Só que, alem da falta de criatividade visual, o novo Quarteto Fantástico se arrasta demais para apresentar seus personagens. E quando o Doutor Destino surge como o grande vilão, já é hora da batalha final. Ou seja, quando o filme finalmente começa, ele acaba.

Saí com tanta raiva do cinema e tão arrependido que ele estava previsto para ser meu primeiro lugar.

Até que chegou…

2. CINQUENTA TONS MAIS ESCUROS (2017)

Durante toda a duração de Cinquenta Tons Mais Escuros, eu ficava me perguntando o que eu estava fazendo ali. Isso porque eu não estava vendo nada acontecer. Só uma série de enrolaçôes e um perfil de cenas que acabou virando modelo para o futuro: sexo fraquinho que pensa que é ardente, sempre embalado por um pseudo-rock no fundo.

E são muitas, para disfarçar a falta de uma trama plausível, intercalando com eventos que fingem se movimentar – como o acidente de helicóptero mais à toa da história do cinema.

E tudo fica pior com…

1. CINQUENTA TONS DE LIBERDADE (2018)

Eis a maior prova de que tudo que é ruim pode piorar. Enfim, quando eu achava que a série ofereceria alguma atenção, Cinquenta Tons de Liberdade entrega o segundo pior final de trilogia do século (só perde para 365 Dias).

Além dos “nadas” continuarem acontecendo, a obra culmina com um confronto resolvido tão facilmente que, quando tudo terminou, eu falei alto, literalmente:

“Eu não acredito que é só isso!”

Aí acabou.

Certeza que um pouco da minha alma morreu ali mesmo. Afinal, eu acabara de ver uma das piores continuações de todos os tempos e, claro, o filme que mais me deu vergonha de ter visto no cinema.

Qual o seu?

Júnior Guimarães é jornalista e escreve a coluna Cinema em Tempo. Toda semana aqui no Roraima em Tempo temos uma análise sobre o mundo cinematográfico. No Youtube, Júnior tem um canal onde faz críticas e avaliações sobre cinema.

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