Explosão de cores, brilho e emoção dominaram a primeira noite do Maior Arraial da Amazônia, na Praça Fábio Marques Paracat, neste sábado (1º). Na arena junina, os integrantes das quadrilhas cantaram e empolgaram o público com o bordão mais conhecido no tablado do Boa Vista Junina: “ÊÊÊ! Eu sou quadrilheiro e mando um beijo para você”.
Neste ano, para as chuvas não atrapalharem o espetáculo apresentado pelos grupos, a Prefeitura de Boa Vista cobriu a arena junina, garantindo a proteção do público e brincantes. De acordo com o presidente da Federação Roraimense de Quadrilhas Juninas (Ferquaj), João da Cruz, a novidade é mais um dos bons investimentos do município na cultura local.
“Neste ano, a prefeitura está de parabéns com a cobertura do tablado e arquibancadas, pois era um sonho antigo de todos os quadrilheiros. Antes, as chuvas acabavam dificultando algumas apresentações, além de alterar a programação. Toda a estrutura está maravilhosa. Nossos grupos estão preparados e o brilho do concurso, garantido. Todos vão dar um show”, disse.
Para abrir a primeira noite de festa na arena junina, quatro quadrilhas apresentaram espetáculos que surpreenderam e emocionaram o público com muita alegria e criatividade. Confira um pouco do que rolou no tablado:
Guerreiros de Jorge – Com o tema “Neste São João Solteiro Eu Não Fico”, o grupo fez uma homenagem a Santo Antônio, conhecido como santo casamenteiro. No tablado, os quadrilheiros contaram a história de uma mulher solteira que se apaixona na festa de São João. E o padre responsável por celebrar a união do casal foi o próprio Santo Antônio.
Tradição Macuxi – Os quadrilheiros chegaram à arena junina para contar a história de lutas e conquistas da artista paraense Joelma. A apresentação contou com uma mistura do famoso brega-pop da banda Calypso com o forró de São João. Dessa forma, com o tema: “Joelma, a Rainha do Brasil”, a homenagem à cantora se deu pelo grande sucesso dele que tem marcado gerações.
Macedão – “Em noites de Luar, Macedão te chama pra dançar. Doces ou travessuras? Cê vai se arrepiar” foi o tema da quadrilha neste ano. Ao trabalhar esse tema, o grupo buscou brincar com a imaginação do público. Bruxas e lobisomens se transformaram em quadrilheiros. Por fim, no final da apresentação, o grupo fez uma homenagem às vítimas da tragédia no Rio Grande do Sul.
Explosão Caipira – Os 26 casais do grupo levaram o tema “A Magia que vem da Floresta”, apresentando uma visão mais profunda, verdadeira e transcendental da Amazônia. Alegria, entusiasmo, bem como amor abriram espaço para a magia acontecer na arena junina. Com as cores da Amazônia, os quadrilheiros interpretaram ribeirinhos e povos indígenas da região. Além disso, homenagearam os Povos Indígenas Yanomami.
Quem assistiu as primeiras apresentações se encantou com tudo o que viu no tablado. Conforme a Bárbara Nascimento, que mora há dois anos em Boa Vista, ela prestigia o arraial da capital pelo segundo ano consecutivo. Neste ano, aproveitou e levou toda a família para a festa.
“É o nosso segundo Boa Vista Junina e realmente é espetacular. Nós somos do Rio de Janeiro e a gente não poderia perder essa festa cultural linda da cidade. O concurso das quadrilhas é um verdadeiro show. A gente fica encantado com a arte, com o artesanato, com a dança, com a música. Com tudo que envolve essa cultura da festa junina”, contou.
Além da cobertura da Arena Junina, outra novidade é o lançamento do aplicativo Boa Vista Junina, disponível para Android, assim como para o IOS. Por ele, o público pode votar nas quadrilhas que se apresentam no tablado, dando nota de 1 a 10, nos seguintes itens: casal, animador, repertório, figurino, bem como melhor quadrilha. É possível apenas um voto por CPF e aparelho celular por pessoa nos limites da arena junina.
Fonte: Da Redação
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