Diversão

Projeto distribui livros para crianças em escolas de Boa Vista e Amajari

O projeto “Curumim leitor: histórias para ler e contar” iniciou hoje (4) a distribuição de livros para crianças de escolas municipais de Roraima. A iniciativa foi idealizada pelas professoras Hellen Rodrigues e Emanuella Vasconcelos.

A Escola Municipal Martinha Thury Vieira, no bairro Cauamé, foi a primeira a receber a ação. Depois de Boa Vista, o projeto segue para a Escola Municipal Indígena Ieda da Silva Amorim, no município de Amajari.

De acordo com Hellen, doutoranda na Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e professora do Colégio de Aplicação de Roraima (Cap), a iniciativa surgiu em janeiro deste ano, durante o processo de pesquisa das idealizadoras.

“Fizemos um levantamento de trabalhos do Brasil e percebemos que em Roraima há um quantitativo muito baixo de projetos de leitura na educação básica. Em janeiro, começamos a criar o ‘Curumim Leitor’. É bastante significativo para nós como professoras poder contribuir com nosso estado”, explicou.

Além da distribuição de livros, elas promovem encontros com os educadores para ensinar como trabalhá-los na sala de aula. Conforme a professora, também há contação de histórias e apresentações de peças para as crianças.

“Foi muito interessante a entrega de livros de hoje, pois há uma interação com os professores também. Elas mostram os livros e dizem ‘olha o meu livro, você ganhou também?’. Nós embalamos como se fosse uma entrega dos Correios, então eles ficam bastante animados”, contou.

No total, o projeto tinha a expectativa de receber 500 livros. Porém, através de doações de ONGs, escritores, editoras e da própria população, as professoras dobraram a meta e conseguiram 1.283 livros.

Livros para escola indígena

Como resultado da arrecadação acima do esperado, o projeto vai atender, ainda neste mês, a Escola Municipal Indígena Ieda da Silva Amorim, em Amajari. De acordo com Hellen, a ideia também é promover o protagonismo indígena na literatura.

“Um dos livros do kit é o ‘Tupi é a minha língua’, que vem traz a valorização do protagonismo indígena, o indígena como personagem principal da história. Assim, tem uma valorização da cultura e da ancestralidade. A literatura indígena está muito em discussão e sendo respeitada”, pontuou.

A ideia agora é estender a iniciativa para uma segunda edição e acrescentar novas programações. Além disso, o projeto ganhou um certificado de reconhecimento nacional pelo Catédra Puc. Com isso, as professoras podem ajudar na promoção de outros projetos semelhantes em Roraima.

Fonte: Samantha Rufino

Samantha Rufino

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