Empresários de Roraima doaram 28,6 toneladas de alimentos em Pacaraima nesta quarta-feira (14) em protesto ao ‘boicote’ da Venezuela nas exportações.
Migrantes venezuelanos fizeram fila para receber os produtos. A Prefeitura do Município também deve receber parte dos gêneros alimentícios.
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Desde janeiro deste ano que o país vizinho não autoriza mais a entrada dos produtos brasileiros. Por conta disso e com prejuízo nas exportações, os empresários decidiram fazer a manifestação na fronteira.
Entenda
Na segunda-feira (12) o empresário Alan Oliveira relatou em entrevista ao programa Rádio Verdade na 93 FM que o primeiro produto ‘boicotado’ foi a salsicha. Atualmente existem 6 toneladas do produto parado em armazéns da empresa.
“Todos os empresários exportadores estão com dificuldades de enviar produtos alimentícios básicos, como o açúcar, arroz, trigo, salsicha. São produtos de necessidade básica ao país vizinho. Todas as empresas têm 100% legalizada a questão das exportações, têm o selo de inspeção federal, então, sem aviso prévio, a Venezuela fez um comunicado por meio de ligação, através do Seniat, dizendo que os produtos não poderiam adentrar o país”, explicou.
Além disso, o empresário explicou que as empresas venezuelanas têm interesse nos produtos do Brasil. No entanto, autoridades da Venezuela bloquearam a entrada sem nenhum tipo de ação oficial.
“A relação sempre foi excelente desde 2016. E digo mais: as empresas venezuelanas estão solicitando nossos produtos. O que aconteceu é que algumas autoridades ligadas ao setor alimentício na Venezuela é que fizeram o bloqueio sem o aviso prévio. E aí o comercial em Roraima está sendo prejudicado”, disse Alan.
Riscos de perdas
Do mesmo modo, o deputado Idazio da Perfil afirmou que segue à disposição para apoiar a categoria. Além disso, ele também ressaltou que as cargas que se encontram paradas em caminhões próximo à fronteira, poderão ser totalmente perdidas. Conforme ele, 10 cargas que pertenciam ao empresário Alan, já perderam a validade, o que gerou um prejuízo de R$ 3 milhões.
“A gente está aqui para defender essas pessoas. Temos que falar com parlamentares federais, para que se possa tomar providências. Porque o prejuízo para os distribuidores em termos de exportações é imensurável. Aqui corre o risco de 200 carretas acabarem no lixo, ou seja, é algo sério”, explicou.
Protesto em Boa Vista
Uma outra manifestação está prevista para ocorrer nesta quinta-feira (15) em Boa Vista. Caminhoneiros, empresários e demais profissionais que trabalham com exportação para a Venezuela devem participar do manifesto. O ato vai acontecer a partir das 9h na Praça do Centro Cívico.
Fonte: Da Redação