Produtores da região agrícola no município de Cantá, Norte de Roraima, estão preocupados com a nova portaria do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), que inclui o mamão na lista de frutas hospedeiras da Mosca-da-Carambola.
O Governo Federal publicou a alteração no Diário Oficial da União (DOU) do dia 17 de outubro. A portaria especifica a espécie Mamoeiro (carica papaya) como hospedeira da praga.
O produtor agrícola Adilson Pancieri trabalha há 25 anos produzindo mamoeiro. Conforme o empresário, em todos esses anos, essa é a primeira vez que enfrenta a praga em suas plantações. Segundo ele, o prejuízo chega a mais de R$ 2 milhões, somando os investimentos para o plantio, mão de obra direta e indireta, assim como a comercialização.
Para o consultor e engenheiro agrícola, Flávio Carlos Correia, é necessário apoio técnico e estudo avançado que possibilitam identificar e combater as pragas para que, assim, os produtores não sofram com o impacto da destruição de suas plantações.
“Precisamos que venham técnicos que façam estudos e armadilhas para saber se realmente a praga consegue se desenvolver dentro da cultura do mamão, porque ele possui um leite muito ácido. Então precisamos desse estudo e monitoramento junto aos produtores”, afirmou.
Em contrapartida, a auditora fiscal do Ministério da Agricultura (Mapa), Ludmila Saboya, a Embrapa realizou estudos que identificaram o mamoeiro como fruto hospedeiro. “A decisão da portaria publicada pelo MAPA vem de um estudo sério que comprovou que a espécie carica papaya como hospedeira da praga. Dessa forma é feito um trabalho de controle do trânsito desses frutos para fora do estado”, explicou.
Adilson afirma que ainda não recebeu direcionamento sobre o que fazer a partir da publicação da portaria. Conforme o produtor e o consultor, foram destruídos mais de 1.700 pés de mamoeiro, o que equivale a 140 toneladas da fruta que deixará de produzir e comercializar em 12 meses. Pancieri acredita que dificilmente recuperará o prejuízo e fala em deixar o negócio, tendo, portanto, que voltar para o Espírito Santo.
“Não temos outra saída, senão ter que acabar com tudo e voltar para nossa cidade. Não teremos como produzir mais os mamões, somos uma empresa grande e não podemos competir com os pequenos produtores locais, pois não terá mercado para nós”, disse.
Roraima ficou sob quarentena devido a Mosca da Carambola em abril de 2023, segundo portaria publicada no dia 6 daquele mês. Desde então, o estado ficou impedido de exportar frutas hospedeiras da praga.
Conforme o MAPA, desde 2017 ficou estabelecido os procedimentos para prevenção, assim como a erradicação da praga quarentenária. A praga ficou restrita a algumas regiões do país. Além de Roraima, a mosca-da-carambola permaneceu restrita aos estados do Amapá e Pará.
A praga frutífera causa danos não apenas na carambola, mas também em outras frutas como goiaba, caju, manga. Também taperebá, acerola, muruci, além de tangerina e outras.
A Mosca-da-Carambola é originária da Malásia e Indonésia e foi encontrada no Suriname em 1985, chegando à Guiana Francesa em 1989. Em Roraima, a praga chegou em 2010. O tempo total de vida da mosca é de 130 dias. Uma fêmea fértil põe entre 1.200 a 1.500 ovos durante a fase adulta. Ela pode voar até cinco quilômetros na busca por alimento ou frutas para colocar os ovos.
Fonte: Da Redação
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