Representantes da ONU Mulheres, do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) estarão em Roraima entre os dias 29 de novembro e 1° de dezembro. Eles irão lançar um Programa Conjunto de empoderamento econômico de venezuelanas.
A missão acompanha o embaixador do Grão-Ducado de Luxemburgo no Brasil, Carlo Krieger. Ela marcará o início dos trabalhos do Programa Conjunto “Empoderamento Econômico de Mulheres Refugiadas e Migrantes no Brasil”. A finalização dele está prevista para dezembro de 2023.
A comitiva se reunirá, em Boa Vista e Pacaraima, com autoridades locais, com a coordenação da Operação Acolhida e com mulheres venezuelanas que têm papel de liderança em comunidades locais. A expectativa é a de fortalecer parcerias locais e identificar as demandas das mulheres e meninas da Venezuela.
Com o objetivo de servir como ponte entre venezuelanas e empresas e instituições públicas e privadas, a iniciativa tem três frentes.
Primeiramente, com as empresas e instituições a respeito do fomento ao empreendedorismo e ao trabalho digno.
Em seguida, capacita as mulheres para o trabalho de carteira assinada e abertura do próprio negócio.
Então há uma frente conscientizando sobre direitos, incluindo como lidar com a violência de gênero.
As ONGs planejam pelo menos 15 planos de ação para o empoderamento das migrantes e refugiadas dentro da iniciativa privada e poder público parceiros.
Além disso, esperam capacitar 15 mil mulheres nos temas de empreendedorismo, educação financeira, programas de transferência financeira e outros; bem como alcançar mais de 3 mil mulheres no apoio ao acesso a serviços de resposta à violência de gênero.
Por fim, junto a organizações e governos, pretende fortalecer as capacidades de 6 mil profissionais de instituições envolvidas na resposta humanitária para prevenir e responder casos de exploração, abuso e assédio sexual.
Dessa forma, o Programa deseja que mais empresas abram oportunidades de emprego e treinamento para venezuelanas e demais refugiadas em todo o país. Bem como ter mais políticas de inclusão do gênero feminino no mercado.
Para o Governo de Luxemburgo, apoiar esse tipo de ação no Brasil está entre suas prioridades. “Estamos felizes em dar apoio, ouvir e saber que podemos trabalhar de forma conjunta nessa resposta.”, reforçou o Embaixador do Grão-Ducado de Luxemburgo no Brasil, Carlo Krieger.
“Nosso programa visa apoiar a integração socioeconômica dessas mulheres para que elas tenham igualdade de oportunidades e de acesso a tomadas de decisão, empregabilidade, atendimentos de saúde, educação e demais serviços no Brasil”, afirma a representante da ONU Mulheres no Brasil, Anastasia Divinskaya.
Segundo a representante do UNFPA no Brasil, Astrid Bant, o programa conjunto é de extrema importância. O enfrentamento da violência baseada no gênero é um dos pilares da atuação do Fundo de População das Nações Unidas na assistência humanitária.
“Entendemos que mulheres e meninas se encontram em situação de maior vulnerabilidade em contextos de deslocamento forçado e, dessa maneira, é necessária uma atenção maior para que tenham garantido o acesso a serviços e políticas de proteção, saúde e assistência social”, explicou.
Parte importante das ações que serão realizadas por meio do Programa Conjunto “Empoderamento Econômico de Mulheres Refugiadas e Migrantes no Brasil” é o processo de interiorização. Segundo fontes oficiais, mais de 62 mil pessoas já se mudaram dessa maneira.
“O Governo de Luxemburgo foi um dos primeiros a estender a mão na resposta emergencial à Venezuela. A renovação deste apoio é fundamental para que as três agências possam expandir e fortalecer a proteção e integração socioeconômica de mulheres refugiadas e migrantes, juntamente com suas famílias”, comenta José Egas, representante do ACNUR no Brasil.
Este é o segundo programa conjunto na resposta ao fluxo venezuelano coordenado pela ONU Mulheres, UNFPA, ACNUR e financiado pelo Governo de Luxemburgo.
Entre 2019 e 2021, as organizações implementaram o programa conjunto LEAP – Liderança, Empoderamento, Acesso e Proteção para Mulheres e Meninas Migrantes, Solicitantes de Refúgio e Refugiadas no Brasil.
Apenas no primeiro ano do programa, mais de 18 mil venezuelanas receberam informação e acesso a mecanismos de proteção. Cerca de 3 mil mulheres aprenderam iniciativas de empoderamento econômico.
Por fim, mais de 4 mil mulheres puderam participar da construção da estratégia e das ações em resposta ao fluxo venezuelano no Brasil.
Fonte: Da Redação
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