Saúde

Após cobrança do STF, União diz que presta assistência às crianças Yanomami

Em resposta à determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), o Governo Federal informou nessa segunda-feira (22) que está prestando assistência às crianças Yanomami.

De acordo com o documento, a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) realiza o acompanhamento nutricional das crianças menores de cinco anos assistidas pelo DSEI Yanomami.

O esclarecimento diz ainda que, em 2019, aproximadamente 90% das crianças menores de cinco anos recebiam acompanhamento da Vigilância Alimentar e Nutricional.

Desde então houve uma redução brusca de 30% no serviço, onde agora, 60% das crianças estão recebendo acompanhamento em 2021. O motivo seria os impactos da pandemia de Covid-19.

Ainda conforme o documento, o Ministério da Saúde repassou mais de R$ 181 milhões ao DSEI Yanomami entre 2020 e 2021. Além disso, está previsto que este ano seja repassado mais R$ 7,5 milhões ao distrito.

O Ministério da Saúde destacou que o DSEI Yanomami em Roraima foi o que mais recebeu recursos em 2021 dentre os 34 DSEIs do país. Neste ano, houve acréscimo de 14,5% de provisão recebidas pelo distrito, se comparado ao ano de 2020.

O DSEI Yanomami atende mais de 28 mil indígenas, de 366 aldeias e 5 etnias diferentes. De acordo com o documento o distrito é composto por uma Casa de Saúde Indígena (Casai), 37 Polos Base e 78 Unidades Básicas de Saúde Indígena (UBSIs).

Medidas

Conforme o documento as medidas adotadas são:
  • Acompanhamento das crianças menores de cinco anos pela Vigilância Alimentar e Nutricional;
  • Estratégias de controle das carências nutricionais na população indígena por meio do Programa Nacional de Suplementação de Vitamina;
  • Ação de distribuição de alimentos, com entrega de cestas de alimentos para 204 famílias indígenas da TI Yanomami/Yekwana;
  • Fornecimento de água potável para 7.984 indígenas por meio de 43 Sistemas de Abastecimento de Água.
No que se refere a ações de combate à malária consta que o distrito realiza:
  • Testagem em massa para investigação epidemiológica da malária e diagnóstico precoce;
  • Busca ativa dos casos positivos;
  • Ações educativas com o apoio de intérpretes indígenas;
  • Distribuição de mosquiteiros impregnados com inseticidas de longa duração;
  • Borrifações, fumacê com nebulização espacial na área externa das aldeias, entre outras.
Ainda de acordo com o Governo Federal, as ações de combate à desnutrição são:
  • Distribuição de ferro e ácido fólico para todas as gestantes e sulfato ferroso para crianças indígenas;
  • Distribuição de doses de vitamina A para crianças de 6 a 59 meses de idade;
  • Entrega de sachês de suplemento alimentar para crianças com déficit nutricional;
  • Capacitação de profissionais de saúde sobre a atenção ao Pré-Natal.

Realidade dos Yanomami

Apesar das medidas apresentadas no documento pelo Governo Federal, a malária segue vitimando crianças Yanomami. Só na última semana, duas crianças morreram por falta de atendimento médico, ambas com sintomas de malária, desnutrição, bem como de pneumonia.

Além disso, também na semana passada foi relatado sobre uma criança em estado grave na comunidade Macuxi Yano. Do mesmo modo, outras duas diagnosticadas com malária foram resgatadas no dia 18 deste mês na comunidade Xaruna. Elas estavam internadas em estado grave no Hospital da Criança Santo Antônio, em Boa Vista.

Por Fabiola Valentina

Fabiola Valentina

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