Educação

Alunos das escolas estaduais enfrentam dificuldades para estudar devido estrutura das escolas, falta de transporte e de professores

A falta de estrutura de escolas estaduais é um assunto que está sempre em pauta no Roraima em Tempo. A redação recebe, constantemente, denúncias de pais e alunos sobre problemas relacionadas às unidades de ensino na capital e no interior.

A falta de transporte escolar, por exemplo, é uma situação que atrapalha, principalmente, os estudantes do interior do estado. Desde março deste ano, foram mais de 15 denúncias sobre o problema.

O relato mais recente foi de um pai de dois estudantes da Escola Estadual Antônio Augusto Martins, na Vila Central, município do Cantá.

Conforme ele, não havia transporte para atender os alunos do turno vespertino. Por conta disso, ele recorria a um veículo próprio, que nem sempre dava conta da necessidade.

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Falta de professores

Do mesmo modo ocorre com a falta de professores. Desde o início do ano letivo de 2022, a redação já recebeu diversas denúncias.

Por exemplo, em julho, mães de alunos do 9º ano do Colégio Militar Derly Luiz Vieira Borges, em Boa Vista, entraram em contato com o Roraima em Tempo para relatar a falta de professores das disciplinas de Inglês, Português, Religião, bem como de Educação Física.

Na época, a direção da unidade justificou que dependia da Secretaria de Estado da Educação (Seed) para convocar os profissionais que atendessem a demanda. Por outro lado, o cadastro reserva do concurso público da Educação de 2021, ainda aguarda a convocação de centenas de profissionais.

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Falta de estrutura

A estrutura é um dos mais frequentes alvos de denúncias no Roraima em Tempo. No dia 12 de setembro, alunos de São João da Baliza, ao Sul de Roraima, relataram, pela segunda vez, a precariedade da Escola Estadual Francisco Ricardo Macedo. Além disso, a unidade também abriga estudantes da Escola Estadual Henrique Dias, que está em reforma desde 2020.

Conforme uma aluna, a situação na unidade atrapalha o aprendizado dos estudantes há quase um ano. Dessa forma, ela cobra providências ao Governo de Roraima e fez um desabafo.

“O estado não é feito somente por Boa Vista, e sim, com todos os municípios do interior”.

Sala alagada e chão sem cerâmica – Foto: Arquivo pessoal

E isso não ocorre somente em unidades que não são reformadas há tempo, como também em escolas recém-reformadas. Assim como é que o caso da Escola Estadual Lobo D’Almada, em Boa Vista.

Uma denúncia feita pelo Marcus Vinicius Barros da Silva, de 17 anos, no dia 2 de maio, relatou que estudantes do 3º ano estavam estudando em um auditório devido uma infiltração no teto de uma sala de aula.

A escola tinha passado recentemente por uma reforma, e havia sido entregue pelo Governo do Estado no dia 14 de fevereiro para o início do ano letivo, após dois anos de aulas remotas por conta da pandemia.

Sem aulas presenciais

Este é outro assunto que incomodou pais e responsáveis. Por conta do coronavírus, que causou o fechamento de escolas, estudantes de todo o país aderiram ao ensino on-line. Então, o retorno das aulas de forma presencial era algo muito esperado após o controle da doença no País.

No entanto, mesmo com dois anos sem aulas nas escolas, o Governo do Estado atrasou reformas de unidades, o que impossibilitou o retorno dos alunos. Assim, algumas escolas continuaram de maneira remota, enquanto as presenciais foram adiadas em Roraima.

Confira algumas denúncias:

Manifestações

A junção de todos esses problemas fez com que alunos, pais e professores se mobilizem por uma Educação de qualidade no estado. Dessa forma, no último dia 31 de agosto, Alunos da Escola Estadual José de Alencar, em Rorainópolis, Sul de Roraima, tomaram as ruas da cidade em manifestação.

Sobretudo, as principais pautas dos estudantes foram a falta de ar-condicionados, laboratórios e espaço adequado para descanso entre um período e outro para quem estuda no ensino integral.

Alunos manifestaram em frente às escolas e também nas ruas da cidade – Foto: Reprodução

Para os adolescentes, os problemas da unidade afetam diretamente no aprendizado deles. Na escola, há uma construção abandonada de uma área de serviços, um laboratório e uma quadra poliesportiva.

Por outro lado, quando Leila Perussolo ainda era secretária da Seed, pais, estudantes, bem como lideranças bloquearam a BR-174 para pedir melhorias na escola indígena Santa Luzia em Amajari, Norte de Roraima.

Conforme o pai de um estudante, a unidade estava em péssimas condições e aquela não era a primeira vez que eles denunciavam a situação.

Assim, no dia 31 de março, tuxauas da região e a Associação de Pais e Mestres decidiram fechar a rodovia. E assim, protestar contra o Governo de Roraima.

Fonte: Da Redação

Lara Muniz

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