Denúncia mostra livros didáticos queimados e precariedade em escola estadual indígena de Pacaraima

Governo de Roraima anunciou obra de reforma na unidade em julho do ano passado, mas até o momento nada foi feito

Denúncia mostra livros didáticos queimados e precariedade em escola estadual indígena de Pacaraima
Escola Estadual Indígena José Marcolino, em Pacaraima – Foto: Arquivo pessoal

Uma denúncia enviada ao Roraima em Tempo mostra livros didáticos queimados na Escola Estadual Indígena José Marcolino, na comunidade do Contão, em Pacaraima. Imagens também mostram a estrutura precária da unidade de ensino.

No vídeo enviado à reportagem, é possível ver centenas de livros descartados em um terreno, com cinzas da queima espalhados no local.

Conforme o denunciante, que não quis se identificar, a queima de livros é feita desde dezembro do ano passado. Ele conta que, ao invés de doar ou reciclar, o material é jogado em uma fogueira no local.

“Eu fui na escola e me deparei com essa pilha de livros jogados, estavam queimando, fazendo uma fogueira lá atrás. Então eu peguei e filmei essa situação. Sempre estou indo lá e está da mesma forma, jogada. A gestão preferiu queimar os livros do que fazer uma doação, dar um fim mais apropriado para eles”, disse.

Em julho do ano passado, o governador Antonio Denarium (Progressistas) anunciou em um evento que a escola receberia uma reforma. Apesar disso, segundo o denunciante, a obra ainda não teve início. Para ele, só uma reforma não é suficiente.

“É um contrato de revitalização, só que não é revitalização. Essa revitalização é para enganar o Ministério Público. Vão ter que construir do zero, a escola está bem feia. Isso tudo é revoltante porque é o dinheiro da população e está sendo jogado no lixo”, pontuou.

O que diz o Governo

O Roraima em Tempo entrou em contato com a Secretaria de Estado da Educação (Seed) para esclarecimentos. Por meio de nota, negou disse que a escola passa por reforma desde o  2º semestre do ano passado e afirmou que há trabalhadores no local. Disse ainda que os estudantes estão em salas de aulas anexas.

Já sobre os livros, disse que a queima foi de materiais antigos e inservíveis da instituição. E que os novos livros didáticos, já estão em uso.

Fonte: Da Redação

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