Os povos indígenas da Terra Yanomami, fronteira de Roraima com o Amazonas, receberam um treinamento de prevenção e tratamento contra as doenças malária e Covid-19. A ação foi promovida pela Organização Internacional para as Migrações (OIM).
Durante 15 dias, do mês de dezembro do ano passado, uma equipe de quatro profissionais, esteve na comunidade Novo Demini.
Ao todo, 35 pessoas agora possuem capacitação para ler lâminas para diagnóstico do tipo de malária, tratar a doença e registro dos testes que são realizados para detecção dos casos.
Além das aulas, a OIM forneceu materiais impressos e apostilas sobre a doença.
A capacitação também teve o apoio do do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI), Instituto Socioambiental (ISA) e da Associação Hutukara Yanomami (HAY).
Durante as aulas, um assessor do DSEI Yanomami auxiliou nas traduções e na mediação cultural entre a equipe e o povo originário. Um profissional de endemias também ajudou na leitura de lâminas para exame de gota espessa e manuseio de microscópio.
É a segunda vez que a organização esteve na Terra Indígena para ministrar sobre as doenças infecciosas que atingem a região, sendo a primeira em abril.
Antes da ação, houve uma conversa com o antropólogo e missionário italiano Carlo Zacquini, atuante com o povo Yanomami há 50 anos, para troca de conhecimentos socioculturais e sobre projetos realizados.
Segundo a liderança da comunidade, Totô, os casos de malária no entanto, têm demonstrado aumento, e o apoio é fundamental para o combate e prevenção.
“Isso é bom para nós, Yanomami. Temos que ter pessoas aqui que deem apoio para as equipes no combate à malária”, relatou através do tradutor.
Eles também receberam aulas de português e matemática básica para aplicação desses conhecimentos na prova do Laboratório Central de Saúde Pública de Roraima (LACEN), que dará a certificação de microscopistas, prevista para ocorrer em abril.
“É muito importante essa aproximação com os Yanomami para apoiarmos nesses cursos e escutá-los diretamente sobre as necessidades de saúde. Como estávamos em campo, tudo foi identificado no território junto a eles. Ficamos em uma grande casa compartilhada e conhecemos a dinâmica social da comunidade”, relatou a psicóloga da OIM Nicole Cruz.
Por fim, a estadia na comunidade de Novo Demini, a equipe de saúde da OIM realizou 54 atendimentos médicos e formou dois grupos para atividades sobre saúde da mulher aos povos indígenas.
Entre as doenças mais relatadas durante as consultas, estavam malária, síndromes respiratórias e diarreia.
Fonte: Organização Internacional para as Migrações
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