O prédio da Universidade Estadual de Roraima (Uerr) em Rorainópolis, no Sul de Roraima, está sem energia elétrica há duas semanas.
A instituição informou que um incêndio danificou o transformador. Assim, causou um curto-circuito e sérios danos aos disjuntores e à caixa de energia do campus. Como resultado, as aulas presenciais estão temporariamente suspensas.
A Uerr explicou ainda que essa situação resulta da falta de orçamento e recursos suficientes para a manutenção predial. Além disso, o orçamento deste ano não é suficiente para atende situações de emergência.
“A ausência de manutenção adequada culminou nesse grave incidente, que infelizmente, poderá ter suas consequências agravadas até o final do ano, visto que o orçamento de 2024 é insuficiente para atender qualquer necessidade emergencial ou de contingência”.
A instituição publicou portaria para regulamentar as aulas de forma remota, enquanto trabalha na solução do problema.
Por fim, a Uerr assegurou que, assim que o prédio tiver as condições de segurança necessárias, retomará as aulas presenciais.
“A UERR está empenhando todos os esforços para resolver a situação o mais rápido possível e garantir que as aulas presenciais sejam retomadas assim que as condições de segurança forem plenamente restabelecidas”.
A reportagem procurou o Governo de Roraima para saber que medidas pretendes tomar para solucionar a situação, mas não obteve resposta.
No dia 18 de agosto do ano passado, a PF apreendeu R$ 3,2 milhões na casa do irmão de um dos sócios de uma empresa investigada, através da Operação Harpia. A quantia estava guardada em sacos de lixo.
A PF obteve informações que indicariam o saque de um possível pagamento de propinas relacionado à contratação de uma empresa de engenharia. A firma teria vencido uma licitação, no valor de R$ 16 milhões, pela Universidade Estadual de Roraima (UERR) na semana anterior à operação.
Dias depois, em um desdobramento da operação, a PF cumpriu mandado de busca e apreensão na UERR, ocasião em que os agentes apreenderam documentos.
Em setembro do mesmo ano, o então reitor, Regys Freitas, pediu a anulação do mandado à Vara de Entorpecentes e Organizações Criminosas da Comarca de Boa Vista.
A defesa de Regys justificou que o contrato com a empresa de engenharia, investigada na operação, venceu licitação na Uerr, publicada em fevereiro deste ano. Contudo, por um erro, a publicação precisou ser republicada no dia 11 de agosto.
Cinco meses após a operação da PF, o governador Antoni Denarium (Progressistas) nomeou Regys Freitas, para o cargo de controlador-geral do Estado.
Com o novo cargo, o advogado passou a chefiar toda a equipe que realiza auditorias nos processos licitatórios do Governo. A Controladoria-Geral do Estado (Coger) também é responsável pela condução à transparência pública.
Em março deste ano, Denarium enviou à Assembleia Legislativa um Projeto de Lei (PL) que previa dar ‘superpoderes’ ao controlador-geral do Estado.
Caso os parlamentares aprovassem o controlador-geral, Regys Freitas, além do controle total das licitações dentro da estrutura governamental, ainda poderia abrir procedimentos administrativos contra servidores.
Com isso, ele teria terá poder de julgar servidores estaduais, do mesmo modo que o próprio Tribunal de Contas do Estado (TCE-RR).
Além disso, todas as secretarias, incluindo as indiretas, passariam a seguir as determinações da Controladoria-Geral do Estado.
O projeto chamou a atenção de alguns deputados. Desse modo, eles pediram para retirar da pauta e convidaram Regys Freitas para esclarecimentos. O que nunca ocorreu.
Os parlamentares decidiram ainda formar uma comissão para debater o PL de forma mais aprofundada. Depois da polêmica, o governador pediu para a Assembleia retirar o PL de pauta.
Fonte: Da Redação
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