Uma professora denunciou à reportagem nesta quarta-feira (25) que a Escola Estadual Indígena Koko Albertina Fernandes, localizada em Pacaraima, Norte de Roraima, não tem estrutura para receber os alunos.
Em uma das imagens, crianças estudam em um espaço improvisado sem carteiras próprias para uma sala de aula. Há também registros de alunos no chão, tentando fazer as atividades escolares.
O Governo do Estado criou um Divisão de Educação Escolar Indígena (Deei) dentro da Secretaria de Estado da Educação (Seed). Dessa forma, a assinatura do decreto ocorreu no último dia 10. As informações constam na página do próprio governo.
No entanto, de acordo com a professora que não quis se identificar, o decreto não foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE-RR). O Roraima em Tempo realizou levantamento nos diários do mês de maio e constatou que não houve a publicação.
Durante a solenidade de assinatura do decreto, o governador Antonio Denarium (PP) disse que a Educação “tem sido uma pauta prioritária e a educação indígena sempre teve atenção especial.”
Por outro lado, a professora expôs o contrário do que foi dito pelo governador. De acordo com ela, Denarium está “passando a perna” nos indígenas. “A maioria das escolas indígenas não tem sequer um fogão para fazer a merenda das crianças” disse.
O Roraima em Tempo já recebeu diversas denúncias sobre a educação indígena no estado. Por exemplo, no dia 15 de abril, o teto da quadra da Escola Estadual Indígena Santa Luzia, desabou após chuvas. Localizada no município de Amajari, a unidade havia passado por uma recente reforma.
Semelhantemente, Uma situação parecida ocorreu no último dia 7, o teto da Escola Estadual Indígena Manoel Horácio, em Amajari, desabou após chuvas.
De acordo com um morador da região, no momento do desabamento, os alunos e professores estavam em uma ação no Centro Regional Centro Regional de Educação Indígena do Amajari Noêmia Peres (Creianp). Segundo ele, se os alunos estivessem no local, teriam corrido risco de se machucarem.
Do mesmo modo, no dia 11 de abril, a mãe de um dos estudantes da Escola Estadual Nossa Senhora da Consolata denunciou que por falta de reformas, os alunos da unidade estavam há um mês estudando em um barracão da comunidade Manoá, no Bonfim.
Conforme o gestor da escola, ele foi ameaçado de demissão caso não revelasse o autor das filmagens pela então secretária de educação, Leila Perussolo. Logo em seguida, o governo o exonerou.
No entanto, após o repúdio de comunidades e tuxauas, o gestor da escola de Manoá foi reconduzido ao cargo.
Os protestos de pais, estudantes de escolas indígenas e lideranças também ocorrem com frequência. No dia 4 de abril, moradores de Amajari bloquearam a BR-174 em uma manifestação onde pediam por melhorias na Escola Estadual Santa Luzia. Eles carregavam uma faixa que dizia “Fora Leila Perussolo”.
Leila Perussolo é cunhada do governador Antonio Denarium (PP) e antiga secretária de Educação do estado. Exonerada no último dia 16, Leila já foi alvo de protestos de indígenas.
De acordo com um representante do movimento, a manifestação, que ocorreu no dia 11 de abril, contou com a presença de 700 lideranças de 250 comunidades.
Segundo ele, o ato tinha o objetivo de mostrar a insatisfação das comunidades com a Secretaria de Estado da Educação e Desporto (Seed).
A reportagem entrou em contato com a Seed que por meio nota disse que o governo estadual “está investindo em estrutura mudar a realidade das escolas indígenas estaduais.”
Já sobre a riação do Departamento de Educação Escolar Indígena, o governo disse que foram necessários ajustes formais no Decreto Governamental e o documento deve ser publicado, no entanto, não informou a data.
Fonte: Da Redação
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