Alguns estudos têm demonstrado que a forma como nos alimentamos influencia no bem-estar da nossa mente. O ramo da psicologia que estuda essa relação chama-se “Psicologia Nutricional”, a qual lida diretamente com essa mudança de hábitos alimentares errôneos. A psicologia nutricional aplica um método inovador de atendimento, cujo objetivo é tratar as pessoas como um todo. A técnica consiste em analisar de que forma os alimentos consumidos podem afetar os sentimentos das pessoas, bem como, atua na compulsão alimentar, equilibrando a nutrição do paciente e desintoxicando o organismo através da alimentação saudável.
Entender essa relação de bem-estar mental e a alimentação, é fundamental para buscar alternativas que reduzam os impactos do desequilíbrio nutricional no organismo e na saúde mental, visto que, doenças como ansiedade, depressão, bulimia, por exemplo, podem também ser originadas em decorrência da má qualidade dos hábitos alimentares.
Papel importante
Especialistas afirmam que as recentes pesquisas apontam que a alimentação saudável tem um papel primordial não só na saúde física, mas também na mental e, exemplificam citando vários casos de depressão, onde a doença se relaciona intimamente com a qualidade nutricional da dieta. Diante desta constatação, pesquisadores do mundo todo começaram a realizar estudos para investigar mais sobre as relações entre os nutrientes e a mente e, ainda, quais os impactos da má alimentação na saúde mental.
Devido à forte conexão entre alimentação saudável e a saúde mental, os vários estudos já realizados associam a nutrição aos aspectos emocionais. Outro aspecto desses estudos são as fortes evidências observadas em pessoas de idades diversas, por exemplo, é comum as crianças consumirem grandes quantidades de açúcar quando estão tristes ou irritadas, fato também observado em adultos. Outro exemplo clássico é a relação entre a ansiedade e o consumo excessivo de alimentos, especialmente os com alto teor de cafeína, como chocolates e etc.
Um dos maiores estudiosos sobre o tema, o psiquiatra estadunidense da Universidade Columbia, Dr. Drew Ramsey, defende a tese de que a deficiência de certos nutrientes, seja um dos maiores fatores que contribuem para a depressão. Um estudo publicado na BMC Medicine no ano de 2015, destaca os impactos no cérebro quando há uma ingestão menor de alimentos nutritivos e uma maior ingestão de comida pouco saudável durante uma refeição, agora imaginem o dano para a saúde mental quando esses hábitos perduram por décadas.
Estudos indicam que o quadro pode ser revertido, pois nunca é tarde para começar a valorizar uma alimentação saudável e, perceber que a mudança de péssimos hábitos alimentares, farão a pessoa se sentir bem física e emocionalmente.
O corpo, mente e alma devem caminhar juntos e em harmonia. Se um deles está em descompensado, fatalmente ocorrera o desequilíbrio dos demais. Para tanto, os Nutricionistas recomendam algumas dicas que podem ajudar a pessoa a encontrar o equilíbrio entre alimentação e saúde mental, como por exemplo: aumentar o consumo de frutas (com baixo teor de açúcares) e legumes; reduzir a ingestão de açúcares e estimulantes (bebidas com cafeína, álcool e cigarros); consumir mais peixes como salmão e sardinha; manter-se hidratado(a); preferir a ingestão diária de proteínas, como: feijões, carnes e ovos (de preferência cozidos).
Hismayla Pinheiro (@psihismaylapinheiro) é psicóloga clínica e especialista em avaliação psicológica, com experiência em orientação profissional. Além disso, é a psicóloga oficial do “Miss Universo Roraima”. Toda segunda-feira, orientações valiosas nesse divã virtual de como manter a sua saúde mental. Marque sua consulta (95) 99144-1131