Ansiedade: o mal do século!

De forma simples podemos definir que ansiedade é uma condição clínica comum e que pode ser tratada com grande probabilidade de sucesso, em especial, se for identificada precocemente e abordada de forma adequada por profissional da Psicologia. O mundo globalizado exige mais das pessoas, pois tudo ocorre em grandes velocidades e, segundo especialistas, essas exigências […]

Ansiedade: o mal do século!
Foto: Reprodução/Internet

De forma simples podemos definir que ansiedade é uma condição clínica comum e que pode ser tratada com grande probabilidade de sucesso, em especial, se for identificada precocemente e abordada de forma adequada por profissional da Psicologia.

O mundo globalizado exige mais das pessoas, pois tudo ocorre em grandes velocidades e, segundo especialistas, essas exigências têm papel desencadeador da ansiedade, visto que, não é possível mudar tudo rapidamente no nosso modo de viver enquanto sociedade.

No mundo atual somos obrigados a dar conta de muitas atividades ao mesmo tempo, o que acaba se tornando humanamente impossível, então surgem as cobranças de terceiros e de nós mesmos, o que nos leva a uma sensação de que perdemos o controle da situação. Essa sensação de perda do controle da situação aumenta mais ainda quando passamos por uma perda de pessoa muito querida, pois além da morte ser algo doloroso, deixa claro que não temos mesmo o controle sobre nada.

Dados da Organização Mundial da Saúde-OMS apontam que nos últimos anos, observou-se um aumento significativo no número de pessoas que sofrem de ansiedade, colocando-a como uma das doenças mais prevalentes no mundo, afetando cerca de 264 milhões de pessoas e, esse número pode ser bem maior, posto que, nem todas as pessoas afetadas buscam tratamento em Unidades de Saúde governamentais. Estudos apontam que só no Brasil existam, estimadamente, mais de 18 milhões de pessoas que sofrem de algum transtorno de ansiedade, o que corresponde a aproximadamente 9% da população.

Mas o que é a ansiedade? Podemos informar que a ansiedade pode ser positiva em determinadas situações e negativa em outras, vamos explicar: podemos considerar a ansiedade como positiva quando é uma resposta natural do organismo a situações de perigo ou ameaça, a qual tem como objetivo preparar o corpo para uma possível fuga ou luta. Por sua vez, consideramos negativa quando essa resposta se torna exagerada e persistente, mesmo em situações que não representam perigo real, o que caracteriza um transtorno de ansiedade.

Os transtornos de ansiedade têm características peculiares e englobam diferentes condições clínicas, como: transtorno de ansiedade generalizada, transtorno do pânico, fobia social, dentre outros. Seus sintomas são: medo intenso, preocupação excessiva, taquicardia, sudorese, tremores, tensão muscular, dores estomacais, dentre outros.

As causas que podem levar ao desenvolvimento de transtornos de ansiedade são diversas, como: predisposição genética, eventos traumáticos, estresse psicológico, etc. Outros fatores desencadeadores da ansiedade estão também intrinsecamente ligados ao estilo de vida moderno, o qual é marcado pela competitividade, excesso de informação, pressão social e o uso excessivo de tecnologias. Ainda, fatores como o excesso de trabalho, trânsito intenso, violência urbana e outros, acabam gerando uma sensação de angústia e estresse que podem ocorrer ou agravar os transtornos de ansiedade.

Importante ressaltar que a ansiedade não é uma condição inevitável da vida moderna, pois existem diversas estratégias que podem ajudar a prevenir e tratar a ansiedade, como, por exemplo, a prática regular de exercícios físicos, meditação, sono adequado, alimentação saudável e a terapia psicológica. A terapia cognitivo-comportamental é uma abordagem terapêutica eficaz no tratamento dos transtornos de ansiedade. Essa psicoterapia se baseia na ideia de que os pensamentos negativos e as crenças disfuncionais podem levar a emoções e comportamentos disfuncionais. Assim, o objetivo da terapia é ajudar o paciente a identificar e modificar seus padrões de pensamento e comportamento disfuncionais, para poder enfrentar as situações que geram ansiedade de forma mais adaptativa.

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