Esse tipo de transtorno tem se mostrado bastante comum em pessoas idosas. Existem algumas características específicas para quem está nessa faixa etária. Quem convive com pessoas idosas tem de aprender a identificar os sinais e a forma de ajuda-los a vencer a doença.
A depressão é um transtorno mental que pode acometer qualquer faixa etária, incluindo as crianças. De acordo com a estimativa da Organização Mundial de Saúde – OMS, cerca de 300 milhões de pessoas no mundo têm depressão. Por sua vez, quando a doença ataca pessoas acima dos 60 anos, podem existir algumas complicações. Nesta fase da vida são muitos os fatores de risco que favorecem um quadro depressivo, posto que, geralmente a pessoa idosa, enfrenta mudanças indesejadas, perdas e sentimento de luto, além do que, o tratamento pode ser mais difícil e demorado.
Segundo dados do Ministério da Saúde do Brasil, cerca de 11 mil pessoas tiram a própria vida todos os anos devido a depressão, sendo a população idosa uma das mais afetadas.
Por isso as pessoas que convivem com idosos devem estar atentas para os sinais que estes apresentam quando estão acometidos pela doença. Buscar imediatamente o tratamento é fundamental para prevenir o agravamento da doença e seus desfechos trágicos, como o suicídio. O papel dos familiares em suma importância nesse contexto, pois em muitos casos são eles que vão conscientizar o paciente sobre a doença, incentivá-lo a procurar ajuda e dar o suporte necessário no enfrentamento à depressão.
Estar atento aos sintomas é fundamental, visto que, quanto mais rápido se busca ajuda, melhores são as chances de reverter a doença. As queixas mais comuns nos idosos são de humor deprimido, desinteresse, sentimentos de inutilidade, sentem culpa por tudo, ainda, é comum haver mais sofrimento e apatia, mas também é frequente a presença de queixas clínicas inespecíficas, como tontura, dores, falta de energia, cansaço frequente e, quando a pessoa idosa vai ao médico, essas queixas não fecham com nenhum diagnóstico clínico. Outros sintomas relatados em consultas ao Psicólogo, estão a alteração do sono (insônia), assim como, a inapetência (ausência de apetite). Já sintomas como ideação suicida, pensamentos e até planejamento da própria morte, ocorrem com certa frequência. Quando a pessoa idosa começa a perder o “gosto” por coisas que antes tinha prazer, já é um sinal de alerta.
Daí a importância dos familiares e/ou pessoas que convivam com idosos, estar atentas para nos primeiros sinais, oferecer ajuda e/ou busca-la com quem possa ajudar. É preciso estimular a pessoa idosa a procurar ajuda ou em alguns casos, até mesmo levá-la ao profissional da Psicologia.
Bom que as pessoas que convivem com idosos saibam, que na maioria das vezes, se torna difícil para o idoso identificar que está deprimido, seja pela falta de conhecimento sobre sua condição clínica, ou pela própria redução que a depressão pode trazer na percepção que o idoso tem de si mesmo.
Hismayla Pinheiro (@psihismaylapinheiro) é psicóloga clínica e especialista em avaliação psicológica, com experiência em orientação profissional. Além disso, é a psicóloga oficial do “Miss Universo Roraima”. Toda segunda-feira, orientações valiosas nesse divã virtual de como manter a sua saúde mental. Marque sua consulta (95) 99144-1131