O Setembro Amarelo é uma campanha de prevenção ao suicídio que visa à conscientização da população sobre esse grave problema e formas de evitá-lo.
Ainda se constitui um grande tabu para a sociedade falar sobre saúde mental e, isso não é diferente em casa, no trabalho e nas escolas. A verdade é que as pessoas ficam receosas de tocar no assunto, ou mesmo, não se permitem falar sobre seus sentimentos. Esses bloqueios sociais levam cada vez mais ao aumento nos índices de suicídio e transtornos mentais como, por exemplo, a depressão e ansiedade.
Por isso a importância da campanha Setembro Amarelo. Ou seja, temos que desmistificar o assunto e quebrar esse tabu, levando informação de qualidade para as pessoas de forma cuidadosa. E com as crianças não é diferente, temos de falar com elas sobre a saúde mental.
Papel da escola
Nesse contexto a escola tem um papel fundamental, pois no Brasil a faixa etária mais afetada pelo suicídio é a de jovens e adolescentes de 15 a 25 anos. Por isso, é fundamental iniciarmos a conscientização mais cedo. Conversar com as crianças sobre saúde mental já na educação infantil, é uma decisão inteligente para minimizar os danos e mesmo, mudar essa triste realidade.
A escola, em conjunto com os pais, devem buscar mecanismos para abordar de forma transversal o tema Saúde Mental. Assim como trabalhar a educação sócio emocional das crianças e adolescentes em sala de aula.
Os adultos tendem a negligenciar a saúde mental das crianças e dos adolescentes. Muitos acham que nesta fase da vida, esses seres humanos tão frágeis ainda, estão imunes aos “problemas da vida adulta”. Esquecem que o aprender viver em sociedade é um grande desafio para eles e que, na escola, quando iniciam os primeiros contatos com outras pessoas, é que irão vivenciar o aprendizado desta convivência em sociedade. Também é nesse momento que começam a lidar com suas próprias emoções e com as emoções dos outros.
Na escola, se tem que fazer uma abordagem mais ampla, trabalhando temas como Bullying e Cyberbullying; Preconceitos diversos; Relações familiares complicadas; Separação e alienação parental.
Atenção
Concomitante a essa conscientização, professores e pais devem estar atentos para identificar sinais de alerta nas crianças e nos adolescentes. Podemos citar dentre os sintomas que apresentam, as dificuldades emocionais, que levam a criança e/ou o adolescente a ficar mais retraída, bem mais calada que habitualmente se comporta, a qual buscará se afastar dos demais membros da família e do grupo de amigos, evita a todo custo participar de atividades sociais, também poderá apresentar uma mudança significativa no peso corporal, seja emagrecendo repentinamente ou engordando.
Por isso, como profissional da Psicologia, estamos alertando todos os atores envolvidos na vida de crianças e de adolescentes para a importância em abordar este tema na escola com os alunos e, especialmente, com os pais. Com este trabalho de conscientização, se buscará capacitar a comunidade escolar para saber como lidar com crianças e adolescentes em situação de sofrimento emocional. Posto que, a forma de como se vai abordar esta criança e/ou um adolescente, será fundamental para se conseguir a confiança deles e, assim, buscar ajuda do profissional da Psicologia.
Hismayla Pinheiro (@psihismaylapinheiro) é psicóloga clínica e especialista em avaliação psicológica, com experiência em orientação profissional. Além disso, é a psicóloga oficial do “Miss Universo Roraima”. Toda segunda-feira, orientações valiosas nesse divã virtual de como manter a sua saúde mental. Marque sua consulta (95) 99144-113