Principais problemas psicológicos com abuso de mídia social

Um fator presente na vida de milhões de pessoas é a mídia social. O mundo está globalizado e a tendência é que cada vez mais as pessoas estejam conectadas digitalmente devido à “onipresença” da internet, smartphones, computadores e tablets. Com isso o Facebook, Instagram, Twiter, TikTok e outras plataformas virtuais, aproveitam esse potencial do mundo digital para desenvolver diversas funcionalidades, se adaptando rapidamente às circunstâncias do momento.

Como consequência dessa constante exposição das pessoas nessas mídias sociais, surgem problemas diversos que vão dos psicológicos a fatores físicos, como é o caso de algumas patologias que acometem o corpo material. O tempo que as pessoas passam “plugadas” em frente aos seus equipamentos usando as mídias sociais, pode ser bastante prejudicial à saúde física e mental.

Conforme estudos realizados por especialistas, veremos abaixo quais os principais problemas psicológicos que surgem do uso indevido das mídias sociais. Que fique claro que os problemas de ordem psicológica que serão aqui expostos, não se tratam de transtornos mentais e sim de padrões disfuncionais de comportamento, os quais podem ou não fazer parte de psicopatologias com os sintomas diferentes destes apontados:

– Muitas pessoas acabam substituindo completamente as interações sociais presenciais pela das mídias sociais, seja conversando virtualmente, fazendo comentários, etc. Com esse tempo dedicado ao mundo virtual, fatalmente ocorrerá essa desconexão das interações do “olho no olho” presencialmente, o que irá levar ao surgimento de outras questões, como por exemplo, o medo de conhecer novas pessoas pessoalmente, assim como a adoção de um estilo de vida sedentário, a falta de experiência no uso de habilidades sociais e assim por diante. Dessa forma surgirá um problema que pode afetar particularmente aqueles que já têm uma predisposição à introversão como traço de personalidade.

– Como citado anteriormente, as mídias sociais se adaptam as circunstâncias do momento, oferecendo constantemente conteúdos diferenciados e adaptados às preferências de cada usuário. Isto faz com que as pessoas se distraíam e acabem perdendo a noção do tempo, afetando diretamente na produtividade, onde o tempo perdido nas mídias sociais poderia ter sido usado em atividades laborais, lazer, estudos, família, amigos e etc.

– Outro problema do uso abusivo das mídias sociais é que certas pessoas querem ganhar popularidade (seguidores) a todo custo. As mídias sociais oferecem muita visibilidade para um determinado número de usuários que são considerados referências nesses espaços virtuais, como os influenciadores digitais, formadores de opinião e outros. Essa forma de abordagem faz com que alguns usuários sintam-se pressionados a buscar a atenção de outras pessoas a qualquer custo, tudo para receber muitas “curtidas” e “comentários”, fazendo com que percam tempo precioso que poderia estar sendo usado em outras atividades mais prazerosas e sadias.

– Outro problema é querer ficar “lincado” nas mídias sociais para não perder nada. Essa tática de prender o usuário é bastante utilizada pelos operadores destas mídias sociais, onde fazem pesquisas para saber o que mais prende as pessoas para se manterem conectadas. Isto levará as pessoas a ficar com medo de serem “sobrecarregadas” em um determinado círculo social criado nestas mídias sociais, ou seja, ficam conectadas com medo de perder alguma informação e/ou novidade surgida nos grupos.

– Usar a mídia social para se encorajar objetivando fazer algo é outro problema. Muitas pessoas utilizam as mídias sociais por horas a fio e o fazem quando estão tristes ou ansiosas, onde para mitigar seus problemas em vez de enfrenta-los, ficam apenas “navegando” para ver o que a mídia social tem a oferecer, como se isso fosse solucionar tais problemas. As mídias sociais mostram constantemente “vidas perfeitas”, “casais felizes sempre”, quando na verdade tudo não passa de mera ficção. O problema acontece quando as pessoas vendo essas “vidas perfeitas” e, pelas suas não serem daquela forma mostrada nestas, as fazem sentir-se piores sem perceber.