O suicídio é considerado pela OMS um dos principais problemas de saúde pública em todo o mundo. A cada ano as taxas de suicídios aumentam assustadoramente e, discutir sobre esse tema se torna importante, especialmente quando analisamos os dados do ano de 2024 e os do primeiro semestre de 2025. Iremos abordar sobre as estatísticas de suicídios, fatores que contribuem para esse problema e as medidas básicas de prevenção que podem ser implementadas.
“Os jovens são um dos destaques entre os grupos analisados sobre suicídio e lesões autoprovocadas pelo Boletim Epidemiológico, lançado em 2024. Os dados mais recentes levantados no documento indicam que, de 2010 a 2021, o suicídio foi a terceira causa de morte entre pessoas de 15 a 29 anos no Brasil”.
Quando comparamos o Brasil com outros países, nosso país apresenta situação preocupante. Em países cujos índices de suicídios são considerados altos, como no Japão e Coreia do Sul, as implementações de estratégias eficazes de prevenção têm se mostrado positivas, enquanto que no Brasil ainda se busca estabelecer programas eficazes e acessíveis.
De acordo com informativos divulgados pelo Centro de Valorização da Vida, o qual presta serviço gratuito de apoio emocional e prevenção ao suicídio, só no primeiro semestre de 2025 foram atendidas mais de 940 mil ligações relacionadas ao suicídio, sendo quase 200 mil somente no mês de junho, em média ocorria uma ligação a cada oito minutos. Dados de 2021 fornecidos pela Organização Mundial da Saúde- OMS, apontam que o suicídio foi a 3ª principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos no mundo, sendo que 73% dos casos ocorreram em países onde a população é de baixa a média renda.
Familiares e amigos devem ficar atentos aos principais sinais, especialmente se estes se manifestarem juntos, como por exemplo, constante vontade de ficar só em lugares mais isolados e escuros; mudanças bruscas de comportamento; queda de desempenho na escola e/ou no trabalho; preocupações sem razões aparentes com a própria morte e/ou falta de esperança; manifestações sobre ideias ou intenções suicidas.
Dentre os principais fatores que desencadeiam a tentativa de suicídio ou mesmo sua consumação, estão a saúde mental, visto que, estudos apontam que a maioria das pessoas que cometem suicídio, apresentam algum tipo de transtorno mental (depressão, ansiedade e transtornos de personalidade). Ainda, conforme relatórios divulgados em 2024, sugerem que até 90% dos suicídios estavam ligados a condições de saúde mental não tratadas; a pressão sócio/econômica, posto que, muitas pessoas que passam por dificuldades financeiras e perda de emprego, acabam inseguras com relação ao futuro. Esses fatores de estresse contribuem para o aumento da vulnerabilidade ao suicídio, assim como, o impacto causado pelo uso inadequado das redes sociais, onde as comparações sociais são constantes, afetam gravemente a saúde mental dos jovens, o que os torna mais suscetíveis a sentimentos de desespero; o isolamento social também se constitui em um fator preponderante nos casos de suicídio. A solidão e a falta de suporte social saudável contribuem para o aumento das taxas de suicídio. O contato com outras pessoas é fundamental para a saúde mental e é essencial para a prevenção ao suicídio.
Dentre os principais programas de prevenção estão as campanhas de conscientização, implementação de programas de apoio as pessoas com intenções suicidas e, ações em escolas e em ambientes de trabalho.
Hismayla Pinheiro é psicóloga clínica e especialista em avaliação psicológica com mais de 7 anos de experiência em consultório. Por aqui ela traz orientações valiosas nesse divã virtual de como manter sua saúde mental. Agende sua consulta: (95) 99144-1131