Violência psicológica contra a mulher é crime! A vítima deve fazer psicoterapia?

A Lei 14.188/21 alterou o Código Penal, criminalizando a violência psicológica contra a mulher, a qual modificou o caput do artigo 12-C da Lei 11.340/2006, inserindo a violência psicológica como requisito para o afastamento do agressor do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida. A norma foi estendida, inserindo a integridade física ou […]

Violência psicológica contra a mulher é crime! A vítima deve fazer psicoterapia?
Foto: Reprodução

A Lei 14.188/21 alterou o Código Penal, criminalizando a violência psicológica contra a mulher, a qual modificou o caput do artigo 12-C da Lei 11.340/2006, inserindo a violência psicológica como requisito para o afastamento do agressor do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida. A norma foi estendida, inserindo a integridade física ou psicológica da mulher em situação de violência doméstica e familiar, bem como aos seus dependentes.

No entanto, a norma penal apenas viabilizou no sentido de penalizar o agressor, mas isso pode não inibir todos, podendo o crime ser cometido e isso, com certeza, trará consequências psicológicas negativas para a vítima.

Nesses casos, as vítimas devem ter um acompanhamento psicológico. Somente as vítimas de violência psicológica sentem a dor que esse tipo de agressão causa e sofre com os danos gerados na saúde mental e no bem-estar.

Esse tipo de violência contra a mulher está entre as mais comuns das agressões e é muito presente no convívio marital (casal), a qual é chamada de violência doméstica psicológica. Porém, pode ocorrer no trabalho, na escola, ou em qualquer outro tipo de local, nos chamados “ambientes tóxicos”. Em todos os casos, sempre nos deparamos com algum tipo de violência psicológica, que faz as vítimas sofrerem e desenvolver transtornos mentais como a ansiedade e a depressão e aqui é que entra a psicoterapia.

A psicoterapia é o primeiro passo para superar a agressão psicológica. O psicólogo ajudará a vítima a identificar e entender as suas relações passadas e sua própria história, assim poderá superar os traumas. Através da psicoterapia, é possível modificar comportamentos que são “portas abertas” para esse tipo de agressão, tornando a vítima mais capaz de lidar com os problemas emocionais, adversidades e conflitos consequentes desta violência.

Outro fator importante é que a vítima da agressão psicológica busque apoio em seus amigos e familiares, pois essas pessoas podem ajudá-la a encontrar a força e coragem necessárias para superar o sofrimento. Para uma recuperação de sucesso, é importante que a vítima se sinta segura e acolhida, para que possa ter a força necessária para enfrentar os seus problemas.

Existem várias técnicas de abordagens psicoterapêuticas para tratar as vítimas de agressão psicológica, como psicoterapia, aconselhamento, terapia de grupo, etc. A opção do tratamento adequado dependerá da anamnese com a vítima e das circunstâncias da agressão.

Especialistas defendem a psicoterapia como uma das melhores abordagens para ajudar as vítimas de agressão psicológica a se recuperar. Durante as sessões, o psicólogo poderá ajudar a vítima/paciente a identificar os sintomas da agressão psicológica e a lidar com as emoções e sentimentos negativos que possam estar associados ao trauma.

O aconselhamento ajuda as vítimas de agressão psicológica a superar o trauma e a entender as emoções associadas a esse tipo de abuso. No aconselhamento, as vítimas/pacientes serão orientadas a encontrar um novo sentido para as suas vidas, a desenvolver a autoconfiança e lidar com os efeitos emocionais do abuso, como ansiedade, depressão e transtorno de estresse pós-traumático.

Na terapia de grupo, as vítimas de agressão psicológica podem compartilhar suas histórias com outras mulheres, que também estão passando por experiências semelhantes. Isso pode ajudar a se sentirem mais seguras e menos desamparadas, além de poderem conhecer novas técnicas de lidar com a dor e o trauma.

Por isso a importância de procurar um profissional da Psicologia. Vale reforçar que o abuso psicológico é uma questão séria que precisa ser tratada com cautela.

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