Tema: Violência sexual e saúde íntima: o impacto no assoalho pélvico

Oi, Gente Linda!   Hoje o tema é sério e muito importante. Estamos no Agosto Lilás, um mês dedicado à conscientização sobre a violência contra a mulher. Quero trazer à tona um aspecto que muitas vezes passa despercebido: o impacto da violência sexual na saúde íntima, especialmente no assoalho pélvico.   Quando uma mulher sofre […]

Tema: Violência sexual e saúde íntima: o impacto no assoalho pélvico
Ilustração do assoalho pélvico – Foto: Reprodução

Oi, Gente Linda!

 

Hoje o tema é sério e muito importante. Estamos no Agosto Lilás, um mês dedicado à conscientização sobre a violência contra a mulher. Quero trazer à tona um aspecto que muitas vezes passa despercebido: o impacto da violência sexual na saúde íntima, especialmente no assoalho pélvico.

 

Quando uma mulher sofre violência sexual, o corpo e a mente ficam profundamente abalados. Além dos traumas emocionais, o corpo também carrega as marcas dessa violência. E uma das áreas mais afetadas pode ser o assoalho pélvico, aquela musculatura que sustenta a Ppk e os órgãos pélvicos.

 

Muitas mulheres que passaram por essa experiência dolorosa desenvolvem dores genitais crônicas, conhecidas como vulvodínia, ou disfunções sexuais dolorosas, como vaginismo, onde há uma contração involuntária dos músculos do assoalho pélvico, tornando a penetração extremamente dolorosa ou até impossível.

Vamos entender um pouco mais? O assoalho pélvico, ou músculo da PPK/períneo, é como qualquer outro músculo do corpo. Assim como um torcicolo pode gerar dores incapacitantes no pescoço, a PPK também pode sofrer com tensões musculares. Quando uma mulher não deseja ter relações sexuais, o corpo, num reflexo natural de proteção, tende a contrair e fechar o canal vaginal. Esse é um mecanismo instintivo, como se o corpo estivesse tentando “impedir” o sexo.

 

Essa resposta física é reforçada pelos traumas psicológicos e emocionais, criando um ciclo de dor e tensão. A cada tentativa de relação sexual, a musculatura se contrai ainda mais, gerando dor, o que aumenta o medo e o desconforto, perpetuando o ciclo.

 

Esse ciclo de dor pode se tornar interminável até que haja uma intervenção adequada. O tratamento multidisciplinar, que inclui fisioterapia pélvica, é fundamental para ajudar a relaxar a musculatura do assoalho pélvico, aliviar a dor e, gradualmente, restaurar a função normal do corpo. Além disso, o apoio psicológico é crucial para trabalhar os traumas emocionais e ajudar na recuperação completa.

 

Lembre-se: você não está sozinha. Falar sobre o que aconteceu e buscar ajuda é fundamental. Nosso corpo tem uma capacidade incrível de se recuperar, mas para isso, é necessário cuidar dele com carinho e, acima de tudo, respeito.

 

Se você conhece alguém que passou por essa situação, ofereça apoio e incentivo para que ela procure ajuda. E, claro, continue acompanhando o Papo Íntimo para mais informações sobre saúde íntima e bem-estar.

 

Um abraço acolhedor de uma sobrevivente da violência contra a mulher e até a próxima!.

Carol Queiroz é fisioterapeuta pélvica especializada em Uroginecologia, Obstetrícia e Sexualidade Humana com mais de 14 anos de experiência clínica dedicados à saúde íntima e sexualidade feminina. É conhecida por ser a idealizadora de um método de pompoarismo que transformou a saúde íntima de mais de 5.000 mulheres e alcançou um público de mais de 70 mil pessoas. Sua missão é educar e capacitar mulheres, promovendo saúde, autoconhecimento e qualidade de vida através do conhecimento sobre saúde íntima e sexualidade.

Agende sua consulta: 95 98109-9818

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