Guilherme Tavares de Paula, um dos dois acusados de matar o ex-policial militar, Uirandê Costa de Mesquita, e a namorada dele, a empresária Joseane Gomes da Silva, foi condenado a 45 anos e 10 meses de prisão pelo Tribunal do Júri nesta quarta-feira (19).
O julgamento iniciou às 10h da manhã e só foi concluído pouco antes da meia noite. O Júri condenou Guilherme por duplo homicídio triplamente qualificado, ocultação e destruição de cadáver e dano qualificado pelo uso de substância inflamável.
Os promotores de Justiça Diego Oquendo e Lara Von Held sustentaram a acusação.
“Foram dias de muito estudo e dedicação e ontem tivemos a confirmação da realização de um bom trabalho, cuja conclusão se extrai não só pela condenação a 45 anos de reclusão, mas principalmente do abraço e agradecimento dos familiares que agora terão um pouco de alento”, destacou a promotora Lara Von Held.
Para o promotor Diego Oquendo, o caso teve grande repercussão e chocou toda a sociedade roraimense por conta da barbaridade do crime.
“Foi restabelecida a dignidade e a honra de Uirandê Mesquita, falsamente apontado, de forma covarde, como autor do crime contra Joseane Gomes pelo próprio acusado, no início das investigações”, ressaltou o Promotor.
Além disso, Ewerton de Freitas Andrade, o outro acusado de ter cometido os mesmos crimes, aguarda julgamento. Assim, ele continua preso no sistema prisional de Roraima.
O crime
Conforme o Ministério Público de Roraima (MPRR) Ewerton e Guilherme conheciam Uirandê. os acusados atraíram o PM para a casa de Guilherme com um plano já acertado para matá-lo, mas para a surpresa dos réus, Joseane acompanhava o namorado, Uirandê. O crime aconteceu em 2020.
Os dois réus serviram bebida envenenada para Uirandê, que passou mal e ficou indefeso. Foi quando a dupla, a pretexto de ajudá-los, disse que os levaria para o hospital, mas o plano já era matar o casal.
No caminho, Joseane foi brutalmente agredida e morta com um tiro disparado com a arma de Uirandê a fim de incriminá-lo. Em seguida, os homens deixaram a jovem em uma rua deserta, no bairro Mecejana.
Da mesma forma, Uirandê também recebeu fortes agressões. Ele foi golpeado na cabeça e enforcado. Ewerton e Guilherme seguiram com a vítima, já morta, e o carro dela para uma vicinal, nos arredores de Boa Vista. Lá, atearam fogo em Uirandê e no veículo.
A polícia encontrou os restos mortais da vítima e o carro quatro dias depois. Os réus ainda tramaram uma versão para escapar da suspeita de envolvimento no assassinato do casal. Mas depois confessaram o crime.
Fonte: Da Redação