Dois adolescentes ficaram feridos neste domingo, 17, durante uma nova tentativa de rebelião no Centro Socioeducativo, na zona Rural de Boa Vista. A confusão foi contida pela Polícia Militar de Roraima e por agentes socioeducativos. Os jovens foram atendidos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levados para o Hospital Geral de Roraima (HGR).
Durante a tentativa de rebelião, três adolescentes quebraram janelas, portas e cadeiras na área da capela de esportes da unidade. Os adolescentes desobedeceram ordens dadas pelos agentes de segurança e chegaram a lançar objetos contra eles.
O grupo foi contido pelos agentes, no entanto, após vistoria na Centro, foi encontrado outros internos que tentaram quebrar cadeados. Então, foi necessário o uso de spray de gás lacrimogênio e balas de borracha.
Os responsáveis pelo tumulto foram identificados e conduzidos à Central de Flagrantes.
Setrabes
Em nota, a Secretaria de Estado do Trabalho e Bem-Estar Social (Setrabes) afirmou que, durante uma atividade esportiva ocorreu um incidente envolvendo três socioeducandos. O que então resultou na depredação de cadeiras e materiais esportivos em uso.
Desse modo, diante da situação, os agentes de segurança do Centro Socioeducativo agiram prontamente, acionando a Polícia Militar para conter a desordem e restabelecer a normalidade nas atividades do local.
Por fim, a Setrabes reafirmou seu compromisso com a segurança, o bem-estar e a ressocialização de todos os socioeducandos, e disse que adotará as medidas necessárias para prevenir a ocorrência de situações semelhantes no futuro.
MPRR
Em outubro do ano passado, o Ministério Público de Roraima denunciou dois jovens de 18 anos por danificar bem público, apologia ao crime, ameaça, assim como corrupção de menores durante uma rebelião no Centro Socioeducativo, que aconteceu no dia 18 daquele mês.
Conforme a denúncia, com o apoio de três adolescentes, os jovens iniciaram uma rebelião na unidade e incentivaram os demais internos a aderirem ao movimento.
Eles confeccionaram um artefato conhecido como “tereza”, espécie de corda feita com lençol e um sabonete amarrado na ponta. Assim, eles danificaram a fiação das câmeras de segurança do local. Os envolvidos também destruíram colchões, cadeados e espalharam fezes pela instituição.
Segundo as investigações do MP, os jovens ameaçaram de morte os agentes socioeducativos, e ainda promoveram apologia ao crime, uma vez que enalteciam uma organização criminosa. Também foram apreendidos artefatos perfurantes artesanais que foram utilizados durante a ameaça.
A rebelião cessou apenas com a chegada do Batalhão de Operações Policiais Especiais da Polícia Militar de Roraima (Bope).
Caso sejam condenados, as penas de cada um dos envolvidos pode chegar oito anos de prisão.
Fonte: Da Redação