Caso Romano: militares contestam provas e pedem a inclusão de mais 44 testemunhas no processo

Um dos militares pediu acesso às informações de quebra de sigilo telefônico e suspensão do prazo para apresentação da defesa

Caso Romano: militares contestam provas e pedem a inclusão de mais 44 testemunhas no processo
Resgate de Romano dos Anjos após o sequestro – Foto: Arquivo/Roraima em Tempo/Nonato Sousa

Parte dos militares presos pelo sequestro do jornalista Romano dos Anjos apresentaram defesa no último dia 6. Cinco dos nove policiais, mais o ex-servidor da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) contestaram as provas colhidas nas investigações.

Além disso, eles também solicitaram ao juiz Claudio Roberto Barbosa de Araújo a inclusão de mais 44 testemunhas. Entre elas, outros 12 policiais militares e Cinthia Padilha, esposa do ex-deputado Jalser Renier.

Veja a lista dos réus que apresentaram defesa:

  • Coronel Moisés Granjeiro de Carvalho
  • Coronel Natanael Felipe de Oliveira Júnior
  • Subtenente Nadson José Carvalho Nunes 
  • Sargento Gregory Thomaz Brashe Júnior
  • Soldado Thiago de Oliveira Cavalcante Telles
  • Luciano Benedicto Valério

Por outro lado, Jalser Renier, assim como os outros quatro militares não se manifestaram. Além disso, a defesa de Jalser devolveu sem ler o mandato expedido para ciência do recebimento da denúncia pelo juiz.

Os militares tenente-coronel Paulo Cézar de Lima Gomes, subtenente Clóvis Romero Magalhães Souza, bem como o major Vilson Carlos Pereira Araújo .

Contestaram

As defesas de todos os militares contestaram a materialidade das provas. Conforme os documentos acessados pelo Roraima em Tempo, os advogados alegaram que o material coletado pelas torres de ERBs, que mostraram que os réus estiveram nas proximidades na casa de Romano dos Anjos realizando monitoramento, não são provas suficientes.

De acordo com o inquérito, as provas coletadas com as ERBs mostraram que vários dos policiais ,assim como Luciano Benedicto estiveram por várias vezes nas proximidades da casa do jornalista antes da consumação do crime. Para a polícia, eles levantavam informações.

Acesso às informações

Diferente dos outros acusados, além da inclusão de testemunhas, o subtente Nadson José Carvalho Nunes pediu acesso na íntegra às mídias de interceptação telefônica.

Além disso, o tenente também solicitou à Justiça o acesso aos laudos periciais de todos os celulares apreendidos. Sobretudo aos que a polícia encontrou em sua residência.

Caso a Justiça aceite seu pedido, Nadon solicitou que, posteriormente, o juiz suspenda o prazo de apresentação de resposta à acusação.

O sargento solicitou ainda o acesso integral a todas as peças do processo principal que ainda segue sob sigilo. Ao todo, o militar fez 10 pedidos ao juiz.

Amigo

Nadson era amigo de Romano dos Anjos há 23 anos. Conforme o jornalista, eles estudaram juntos no ensino médio. O policial mantinha contato com Romano desde então.

Ainda conforme o jornalista, Nadson foi até a casa de Romano depois de participar do crime e pediu para acompanhar a esposa dele, Natacha Vasconcelos, até o 5º Distrito Policial (5º DP). “Ele disse que queria manter a segurança dela”, relata.

De acordo com o inquérito, no dia em que deu depoimento, Nadson foi até a casa de Romano, fez uma selfie e enviou ao apresentador. O militar perguntou se ele estava em casa. Ao se sentir ameaçado, Romano registrou um Boletim de Ocorrência.

Na defesa, o policial insiste em dizer que era amigo do jornalista e que já tinha combinado uma visita com ele. Por fim, ele pede a inclusão de prints de conversas através de aplicativos de mensagens entre os dois.

Fonte: Da Redação

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