A Justiça de Roraima autorizou a inclusão do nome do empresário Caio Porto na lista de procurados da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol). A decisão é desta quarta-feira (28).
A medida ocorre após pedido feito pelo Ministério Publico de Roraima (MPRR), no último dia 23 de agosto. O órgão recebeu informações de que o empresário, que está foragido, poderia ter fugido de avião para a Venezuela ou para a Guiana.
“Ademais, diante da fuga do acusado Caio, resta evidenciado o risco à aplicação da lei penal, visto que até o presente momento, apesar de constituir patrono nestes autos, não se obteve êxito em efetuar o cumprimento do mandado de prisão preventiva, havendo notícias de que se encontra em outro país. E nesse sentido, merece acolhida o pedido ministerial para inclusão da ordem de prisão de CAIO no sistema da Interpol, com vista a difusão vermelha, conforme art. 2º, da Instrução Normativa n.º 01/2010. da Corregedoria Nacional de Justiça”, determinou o juiz Breno Coutinho.
O crime aconteceu no dia 23 de abril, na vicinal do Surrão. município do Cantá. A suspeita é de que ele tenha sido motivado por uma disputa de terras. Conforme investigação da Polícia Civil de Roraima (PCRR), dois suspeitos foram até a fazenda do casal Jânio Bonfim e e Flávia Guilarducci, invadiram a residência deles e efetuaram disparos de arma de fogo contra as vítimas.
Um dos vizinhos da propriedade ouviu o barulho dos tiros e, logo em seguida, recebeu a ligação de um dos trabalhadores das vítimas pedindo socorro. Quando o homem chegou no local, encontrou Jânio ainda com vida, momento em que o agricultor disse a ele quem eram os suspeitos.
A testemunha chegou a levar as vítimas para o hospital, mas elas não resistiram aos ferimentos.
Após investigações, a Polícia Civil identificou que, em um áudio gravado pela vítima Flávia Guilarducci no momento dos disparos, havia a voz do capitão da Polícia Militar de Roraima (PMRR), Helton Jhon Silva de Souza. Ele atuava como segurança d governador de Roraima, Antonio Denarium (PP).
O policial está preso no Comando de Policiamento da Capital (CPC) desde o dia 10 de maio. Em depoimento, ele afirmou que estava no local do crime, mas quem atirou contra o casal foi o empresário Caio Porto.
Fonte: Da Redação
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