Utilizado para referência pronta, memorizada e genérica, o repertório de bolso é apontado em “A Redação do Enem 2025 – Cartilha do(a) Participante” como um recurso a ser usado com cautela. Também chamadas de ‘coringa’, essas citações são apontadas como uma prática que descredibiliza o texto e não demonstra domínio de conteúdo. A recomendação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) a quem vai fazer a prova no próximo mês é explorar mais o repertório produtivo e autoral no texto.
De forma genérica, o repertório de bolso pouco aprofunda um assunto e corre o risco de não ter uma conexão genuína com o tema proposto. Assim, a estratégia vai de encontro à redação do Enem, cuja proposta é permitir ao participante demonstrar conhecer o mundo, entender a sociedade e saber relacionar fatos culturais, históricos e científicos com o tema.
Um dos aspectos avaliados é a capacidade de o participante relacionar o conhecimento adquirido ao problema discutido pelo tema proposto. Por outro lado, o repertório de bolso acaba aparecendo na redação com caráter decorativo ou leva o participante a tangenciar o assunto com argumentos automáticos.
Fazer citações sem articulação com os argumentos do texto pode comprometer a estrutura geral da redação do Enem. Mesmo que o recurso de repertório de bolso esteja pertinente ao tema, é importante demonstrar autoria e produtividade intelectual. Nesse sentido, o documento “A Redação do Enem 2025 – Cartilha do(a) Participante” detalha o que evitar.
Cartilha
O material está disponível no portal do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Além de apresentar amostras comentadas de redações do Enem 2024, o conteúdo traz informações sobre a Matriz de Referência da prova.
Na prática, os participantes precisarão escrever um texto dissertativo-argumentativo, com até 30 linhas, a partir da frase temática proposta, dos textos motivadores, bem como dos conhecimentos construídos ao longo de sua formação.
Dois avaliadores vão corrigir uma redação e cada um deles atribuirá uma nota de 0 a 200 ponto a cada um das cinco competências. A soma desses pontos vai compor a nota total de cada avaliador, que pode chegar a 1000 pontos. A nota final do participante será a média aritmética entre as notas totais atribuídas pelos dois avaliadores.
Entre as situações que levam à nota zero, estão a fuga ao tema proposto, a produção de um texto com até sete linhas, a inserção de trecho(s) deliberadamente desconectado(s) do tema proposto, a desobediência à estrutura dissertativo-argumentativa e o desrespeito à seriedade do exame.
Competências
Ao elaborar a redação, os participantes devem ficar atentos às competências avaliadas no texto: o domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa; a organização das informações, dos fatos e argumentos em defesa de um ponto de vista; o conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação; assim como a proposta de intervenção para o problema abordado.
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Fonte: Agência GOV

