O Governo Federal determinou o reforço nas operações de combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami. A decisão ocorre após reunião de emergência convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesse domingo (30).
É que equipes do Ibama e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram atacadas a tiros por garimpeiros. Eles realizavam uma ação de fiscalização em área de garimpo ilegal na TY no domingo dia 30, um dia após atentado contra indígenas que resultou na morte do agente de saúde Ilson Xirixana, de 36 anos. Ele era do Distrito Sanitário Indígena Yanomami (DSEIY).
Do mesmo modo, houve confronto na ação de domingo e quatro garimpeiros morreram, entre eles um foragido da Justiça do Amapá. Assim, agentes federais apreenderam com os criminosos: espingardas calibre 12mm, um fuzil e pistolas calibre .45, de uso restrito.
A Polícia Federal investiga o ataque. Há indícios de que uma facção criminosa controla o garimpo em que houve o confronto. No sábado (29), três indígenas foram baleados por garimpeiros na região de Uxiu. Dois continuam internados. O ataque de domingo é o quarto contra equipes do Ibama desde o início da retomada do território Yanomami. A ação ocorre desde fevereiro.
Além de Ibama e PRF, a operação para combater o garimpo ilegal tem participação da Polícia Federal, da Força Nacional de Segurança Pública, da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), das Forças Armadas e dos ministérios da Justiça, dos Povos Indígenas e da Defesa.
Do mesmo modo, em três meses de trabalho, a operação já destruiu 327 acampamentos de garimpeiros, 18 aviões, 2 helicópteros, centenas de motores e dezenas de balsas, barcos e tratores. Além disso, a polícia já apreendeu até o momento 36 toneladas de cassiterita, 26 mil litros de combustível, além de equipamentos usados por criminosos. Imagens de satélite apontam uma redução de cerca de 80% de áreas desmatadas para mineração de fevereiro a abril em relação ao mesmo período do ano anterior.
Por fim, as ministras do Meio Ambiente, Marina Silva, dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, e da Saúde, Nísia Trindade, estão em Roraima nesta segunda-feira (1º) acompanhada de outras autoridades para acompanhar a situação de perto.
Fonte: Da Redação
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