A Polícia Civil prendeu uma mulher de 29 anos por mandar os dois filhos, de 10 e 3 anos, furtarem uma mochila com R$ 3 mil. A prisão ocorreu ontem (4).
De acordo com a delegada Cândida Magalhães Senhoras, o motorista conduzia um ônibus e o estacionou em frente a uma residência, no bairro Araceli, e fechou o veículo.
Ele disse que entrou na casa, mas quando retornou não achou a mochila. Ele procurou o 5° Distrito Policial para registrar a ocorrência.
Ação
Os policiais identificaram que duas crianças praticaram o furto. As câmeras de segurança registraram toda atuação dos dois.
A menina de 10 anos entrou no veículo por uma janela, pegou a mochila e deixou o local com o irmão e uma cachorra.
Os policiais localizaram a casa das crianças e prenderam a mãe. As investigações mostraram que as crianças entregaram a mochila para ela e o padrasto, que pegaram o dinheiro e dividiram entre eles.
Depois esconderam a mochila embaixo da cama e saíram. Quando os policiais chegaram, estavam apenas quatro crianças.
Quando a mãe e encontrou os policiais, negou que soubesse do furto, pois, segundo ela, a filha disse ter encontrado a mochila no lixo.
“Foram verificados os antecedentes criminais da mulher, que está grávida de seis meses do quinto filho, e constatado que ela responde a maus tratos contra os filhos”, disse a delegada.
Cândida falou ainda que o padrasto é acusado de estupro de vulnerável contra a menina de 10 anos.
A polícia não encontrou o homem Ele é o pai das outras crianças de 5, 3 e 2 anos de idade.
Orientação
A mãe e o padrasto orientaram a menina a furtar. Uma das dicas é levar o irmão de 3 anos e a cachorra, para que ninguém desconfie da ação.
“Essa criança, orientada pelos adultos, cumpre o que eles a mandam fazer. Além de corromper a criança, o padrasto é suspeito de tê-la estuprado”, detalhou a delegada.
O padrasto conseguiu fugir da ação policial. Contudo, a mãe foi detida e, juntamente com a criança e os produtos do furto, foi conduzida ao 5° DP.
A mulher foi presa por corrupção de menores. As crianças foram entregues à avó materna.
A delegada avisou o Conselho Tutelar e está encaminhando uma comunicação ao Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (NPCA).
“Essas crianças estão em situação extrema de vulnerabilidade social. É uma situação lamentável”, finalizou a delegada.
Por Redação