Operação Catrimani: duas pistas de pouso clandestinas são desativadas na Terra Indígena Yanomami

As pistas eras usadas para o transporte de materiais relacionados à extração ilegal de minérios

Operação Catrimani: duas pistas de pouso clandestinas são desativadas na Terra Indígena Yanomami
Foto: Divulgação Operação Catrimani II

Boa Vista (RR) – Nos dias 23 e 24 de dezembro, o Comando Operacional Conjunto Catrimani II realizou a interdição de duas pistas não-homologadas de pouso de aeronaves, situadas em região próxima ao rio Couto de Magalhães, no estado de Roraima, em Terra Indígena Yanomami (TIY). A ação visava desarticular as estruturas vinculadas ao garimpo ilegal. 

Com uso de explosivos e infiltração aeromóvel, os militares interditaram, inicialmente, a pista de Caveira no dia 23. Já no dia seguinte, interditaram a pista de Labilaska. Os aeródromos clandestinos vinham sendo empregados para o transporte de materiais relacionados à extração ilegal de minérios.

Durante as ações, utilizou-se um helicóptero da Força Aérea Brasileira (FAB), para o deslocamento de especialistas de Engenharia do Exército Brasileiro (EB). Então, fizeram uso de explosivos para efetuar as detonações, reforçando a interoperabilidade e o esforço conjunto das forças. 

A prontidão das Forças Armadas, também, é um diferencial estratégico no combate aos ilícitos ambientais na TIY. Pois, a capacidade de atuar em qualquer tempo, independente de hora, dia ou local, colabora para a dissolução das infraestruturas de mineração ilegal que ameaçam a região.

Mesmo em locais de difícil acesso, as Forças Armadas garantem presença constante, assegurando uma vigilância contínua e efeito dissuasório. Essa atuação permanente dificulta a reorganização do garimpo ilegal, enfraquecendo essa atividade e protegendo as comunidades indígenas. 

Um ponto importante que corrobora a desintrusão de garimpeiros é que a entrada de pessoas não autorizadas na TIY representa uma ameaça direta à sobrevivência das comunidades. De acordo com a Portaria nº 1/2023 da FUNAI, o acesso ao território é estritamente proibido, para proteger populações que, em muitos casos, vivem em estado de isolamento.

A questão central é que pessoa em estado comum de saúde e sem sintomas aparentes pode ser o vetor de uma crise sanitária. Assim, diferente das populações urbanas, muitos povos indígenas não possuem histórico de exposição a diversos agentes patogênicos externos. Portanto, por estarem desabituados a esses vírus e bactérias, o sistema imunológico dos indígenas fica suscetível a contrair as doenças causadas por esses microrganismos. 

Operação Catrimani

A Operação Catrimani II é uma ação conjunta entre órgãos de Segurança Pública, Agências e Forças Armadas. Isso, em coordenação com a Casa de Governo no Estado de Roraima. Portanto, é um cumprimento à Portaria GM-MD N° 5.831, de 20 de dezembro de 2024. Logo, visa agir de modo preventivo e repressivo contra o garimpo ilegal, os ilícitos transfronteiriços e os crimes ambientais na TIY.

Fonte: Da Redação

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