Operação da PF mira grupo criminoso suspeito de fraudar licitações voltadas à educação estadual indígena

Investigações identificaram que produtos licitados não foram, em tese, entregues integralmente

Operação da PF mira grupo criminoso suspeito de fraudar licitações voltadas à educação estadual indígena
Prédio da Secretaria de Educação – Foto: Ascom/Seed

Operação Raubritter – A Polícia Federal (PF) cumpriu mandado de busca e apreensão em Boa Vista, nesta sexta-feira, 17. O Tribunal de Justiça de Roraima expediu o documento.

De acordo com as informações da PF, medidas cautelares diversas da prisão também foram aplicadas ao investigado. A reportagem do Grupo Égia também apurou que ele está proibido de acessar a Secretaria de Educação (Seed) e escolas. Além disso, não deve manter contato com os outros investigados.

A ação integra nova fase da Operação Raubritter, que visa desarticular grupo criminoso suspeito de fraudar licitações voltadas à educação indígena.

Os elementos colhidos na primeira fase, deflagrada em 4 de setembro, indicaram a participação de novos envolvidos no recebimento de produtos licitados que não foram, em tese, entregues integralmente.

Primeira fase

Na primeira fase da Operação Raubritter, os agentes federais cumpriram 14 mandados de busca e apreensão contra pessoas físicas e jurídicas, além de medidas de sequestro de bens e bloqueio de valores no montante correspondente ao prejuízo apurado.

De acordo com informações, entre os alvos estavam o ex-deputado Masamy Eda e o secretário de Educação do Estado Mikael Cury-Rad.

As investigações apontam que uma licitação destinada ao fornecimento de materiais de higiene, limpeza e conservação para escolas indígenas em Roraima foi direcionada a uma empresa que, até então, atuava exclusivamente no ramo de comercialização de veículos.

Um dia antes do pregão, a empresa incluiu em seu objeto social a atividade de comércio atacadista de produtos de higiene, limpeza e conservação. Conforme a PF, com o aparente propósito de se habilitar para participar do certame.

Além disso, há indícios de que os produtos contratados não foram entregues integralmente, em descumprimento às cláusulas contratuais. O que teria então causado um prejuízo estimado em mais de R$ 4 milhões aos cofres públicos.

Fonte: Da Redação

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