
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira, 8, a Operação Cisne Negro, que apura desvios de verbas públicas na Universidade Estadual de Roraima (UERR).
Conforme as investigações, houve suposto direcionamento de licitação para determinada empresa de engenharia, bem como superfaturamento dos serviços em tese contratados. O prejuízo estimado é de mais de R$ 100 milhões, o que pode ter ocasionado enriquecimento ilícito dos membros da organização criminosa.
As equipes cumprem diversas medidas cautelares determinadas pela Justiça Estadual de Roraima, tais como busca e apreensão, sequestro de bens, apreensão de veículos, colocação de tornozeleira eletrônica e bloqueio de valores. A PF também apreendeu R$ 7.800, US$ 6.015 e € 4.080.

A gestão da Universidade Estadual de Roraima disse em nota que é a principal interessada na elucidação dos fatos e afirmou que está à disposição para fornecer todas as informações necessárias às autoridades.
Desdobramento
A Operação Cisne Negro esta terça-feira, 8, é desdobramento da Operação Harpia que ocorreu em 18 de agosto de 2023. Na ocasião, a a PF apreendeu R$ 3,2 milhões na casa do irmão de um dos sócios de uma empresa investigada. A quantia estava guardada em sacos de lixo.
A PF obteve informações que indicariam o saque de um possível pagamento de propinas relacionado à contratação de uma empresa de engenharia.
A firma teria vencido uma licitação, no valor de R$ 16 milhões, pela Universidade Estadual de Roraima (UERR) na semana anterior à operação.
Dias depois, em um desdobramento da operação, a PF cumpriu mandado de busca e apreensão na UERR, ocasião em que os agentes apreenderam documentos.
Em setembro do mesmo ano, o então reitor pediu a anulação do mandado à Vara de Entorpecentes e Organizações Criminosas da Comarca de Boa Vista.
A defesa de Regys justificou que o contrato com a empresa de engenharia, investigada na operação, venceu licitação na Uerr, publicada em fevereiro daquele ano. Contudo, por um erro, a publicação precisou ser republicada no dia 11 de agosto.
O governador Antonio Denarium nunca se manifestou sobre os escândalos. No entanto, assim que terminou o mandato de Regys como reitor, Denarium o nomeou como controlador-geral do Estado.
Fonte: Da Redação