Quatro dos oito presos pelo caso Romano dos Anjos pediram a revogação de suas prisões ao Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR) nesta terça-feira (16).
Os requerentes são o coronel Natanael Felipe de Oliveira, o coronel Moisés Granjeiro de Carvalho, o sargento Gregory Brashe Júnior e o ex-servidor da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), Luciano Benedicto Valério.
Os advogados alegaram que os militares, assim como o ex-servidor apresentaram a defesa dentro do prazo. No entanto, eles afirmam que o juiz não iniciou a próxima fase do processo que é a instrução processual.
Além disso, a defesa diz ainda que os acusados estão presos há quase um ano, mas a instrução criminal não foi iniciada. Do mesmo modo, alega que o promotor Marco Antonio Bordin retirou as acusações de organização criminosa e de obstrução de Justiça. O promotor não está mais no caso.
Os acusados respondem por outros seis crimes. Entre eles, sequestro, tortura, roubo majorado, bem como constituição de milícia privada.
Conforme o Ministério Público de Roraima (MPRR), a organização causou “embaraço” à investigação desde o dia do crime. Os investigados intimidaram as vítimas e as testemunhas.
Da mesma forma, eles ocultaram os telefones celulares. E isso ocorreu logo após o cumprimento de mandados de busca e apreensão. Por esses e outros motivos, o MPRR pediu a prisão deles.
Depois que o juiz Claudio Roberto Barbosa retirou o sigilo de Justiça, Jalser Renier ,acusado de ser o mandante do crime contra Romano, deixou de se manifestar no processo. Até esta terça-feira, ele nem mesmo apresentou a sua defesa.
Além disso, ele também não deu ciência à nova fase do processo e devolveu a citação sem abrir e se manifestar.
Por outro lado, o oficial de justiça não conseguia encontrá-lo para fazê-lo dar ciência no processo. Por isso, o magistrado determinou novas buscas para localizar o Renier e pediu que os oficias de justiça acionassem seus advogados, caso não o encontrassem novamente.
Logo em seguida, Jalser se apresentou à Justiça. Conforme apurado pelo núcleo de jornalismo investigativo da Rádio 93 FM, ele compareceu ao TJRR acompanhado pelo advogado. Desse modo, ele foi finalmente citado no processo.
Três dias depois, Renier foi visto em um hotel de luxo em São Paulo. Imagens enviadas ao Roraima em Tempo mostram o ex-parlamentar sentado na recepção do local.
Fonte: Da Redação
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