Professor de Química denunciado por agredir ex-esposa em RR pede prisão domiciliar à Justiça; Ele segue foragido

No pedido de habeas corpus, defesa de Severino Lopes de Almeida alega que ele teme pela própria integridade física caso seja levado ao sistema prisional, devido a repercussão do caso no estado

Professor de Química denunciado por agredir ex-esposa em RR pede prisão domiciliar à Justiça; Ele segue foragido
Severino Lopes de Almeida – Foto: Reprodução/Instagram

O professor de Química, Severino Lopes de Almeida, investigado por violência doméstica contra a ex-mulher, pediu à Justiça de Roraima que converta o pedido de prisão preventiva em domiciliar.

Contra ele, há um mandado de prisão ainda não cumprido. Portanto, ele é considerado foragido. Ele é suspeito de ameaça física e psicológica, além de descumprimento de medida protetiva contra a ex-mulher, Janini Ágata.

No pedido de habeas corpus, a defesa alega que Severino teme pela própria integridade física caso fique preso no sistema prisional.

Além disso, a defesa sugere que o desembargador, caso converta a ordem para prisão domiciliar, determine o uso de tornozeleira eletrônica. Assim, “garantirá sua integridade física, bem como garantirá que não se aproximará da vítima”.

Até o momento, o magistrado Ricardo Oliveira, que é relator do pedido, ainda não havia dado nenhuma decisão.

Relembre

O caso ganhou repercussão no dia 2 de janeiro, quando Janini divulgou nas redes sociais um desabafo, onde relatou os momentos “de intensa violência psicológica”.

Na ocasião, ela contou que tinha uma medida protetiva para que ele não se aproximasse dela. Apesar disso, as ameaças e violências físicas e psicológicas continuaram.

Ainda conforme a vítima, oito boletins de ocorrência foram registrados desde outubro de 2020, sendo que quatro por Severino ter quebrado a medida protetiva.

Entenda

Em entrevista à Rádio 93 FM, a policial afirmou que os desentendimentos começaram após o divórcio, e que o contato entre eles acontecia somente por conta da filha do ex-casal.

“Nunca foi possível que a gente cortasse totalmente o nosso vínculo porque temos a nossa filha. Só que esse diálogo a respeito da nossa filha sempre foi motivo para ofensas, para as injúrias, para desrespeitos que foram evoluindo para ameaças. Chegou em um momento em que eu tive que solicitar medida protetiva”, explicou.

A gota d’água, segundo a vítima, aconteceu no dia 27 de dezembro, quando após um desentendimento, Severino foi até a casa dela, descumprindo a medida protetiva, e a ameaçou de morte.

“Ele queria vir buscar a minha filha, só que era o período que a minha filha estaria comigo e eu disse para ele que ela não iria, que ela iria ficar comigo. E ele disse que iria se aproximar da minha casa e ‘que a minha filha não vai ficar com você’ e ele falou ‘eu te provo como a minha filha vem’. Pode chamar a polícia […] foi quando eu liguei para a polícia, liguei para a Guarda Civil Municipal […] nesse meio tempo ele desceu do carro, se aproximou da minha casa, começou a gritar na frente do portão, quebrou o portão, chutou o portão por duas vezes”, relatou.

Humilhação, chantagem e constrangimento

Segundo os relatos de Janini e prints de conversas por aplicativo de mensagens enviados ao Ministério Público de Roraima (MPRR), em várias ocasiões, Severino tentou controlar as ações da vítima, tendo usado de constrangimento, humilhação, chantagem, ridicularização e limitação do direito de ir e vir, além de afirmar que, se o caso fosse para a Justiça, ele “acabaria com a vida dela”.

Diante das provas, o MPRR também requereu a prisão preventiva do professor, que foi deferido pelo Judiciário. Severino Lopes de Almeida, no entanto, encontra-se foragido até o momento.

A policial Janini Ágata relata como tem se sentido com o fato de Severino ainda estar foragido, e ressalta que espera que a justiça seja feita, para que ele pague pelos crimes que cometeu.

“Porque até então ele está solto. Quem está preso, somos nós, eu e minha família. A gente não sabe o que se passa na cabeça dele. Estamos à mercê da boa vontade dele. É uma sensação de injustiça e impotência de ficar esperando uma decisão da Justiça”, pontuou.

Fonte: Rádio 93 FM

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