O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou soltar quatro policiais militares presos durante a Operação Pulitzer, feita na semana passada.
As decisões, publicadas hoje (21), estão assinadas pelo ministro Jesuíno Rissato.
Tiveram os pedidos de liberdade negados: Nadson José Carvalho Nunes, Paulo Cezar de Lima Gomes, Gregory Thomaz Brashe Júnior, e Clóvis Romero Magalhães Souza.
Uma das decisões obtidas pelo Roraima em Tempo cita que a juíza Graciette Sotto Mayor fundamentou as ordens de prisão.
As defesas alegam que as prisões são ilegais. Contudo, documentos obtidos com exclusividade pelo Roraima em Tempo detalham a participação dos militares.
Nadson, por exemplo, é considerado pela Justiça de “alta periculosidade”. Além disso, ele acompanhou o depoimento da esposa do jornalista no dia em que ela foi registrar a ocorrência.
“Assim, não verifico a ocorrência de flagrante ilegalidade que possa ser identificada neste juízo meramente perfunctório, razão pela qual indefiro o pedido liminar”, diz Rissato.
Os três militares estão presos desde o dia 16 de setembro por ordem da juíza Graciete Sotto Mayor. A magistrada avaliou que as investigações levantaram elementos suficientes para emitir os mandados.
No total, sete pessoas foram presas, sendo seis militares e um ex-servidor da Assembleia Legislativa, e outras 14 ordens de busca e apreensão cumpridas.
O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, esteve à frente da ação, em parceria com as Polícias Civil e Militar.
O jornalista Romano dos Anjos foi sequestrado e torturado no dia 26 de outubro do ano passado, quando criminosos invadiram a casa dele. O apresentador jantava com a esposa, Nattacha Vasconcelos.
Os dois foram amarrados, amordaçados e ameaçados de morte. Em seguida, os bandidos atearam fogo no veículo do casal.
Romano sofreu múltiplas fraturas pelo corpo e foi abandonado na região do Bom Intento, zona Rural de Boa Vista. Logo depois, ele teve que passar por cirurgias.
Por Redação
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