Três homens suspeitos de se passarem por policiais civis para cometer furtos em Boa Vista foram presos entre os dias 9 e 10 de setembro. Um quarto está foragido.
A Polícia Civil de Roraima descobriu o esquema criminoso a partir de um furto ocorrido em 10 de julho deste ano. Na ocasião, os criminosos abordaram um adolescente no bairro Pintolândia e, em seguida, furtaram o celular do jovem.
A investigação revelou que o grupo atuava de forma sistemática, simulando operações policiais legítimas para invadir “bocas de fumo” e, assim, apreender drogas e dinheiro.
“O grupo simulava essas falsas operações policiais sistematicamente. Eles invadiam pontos de tráfico, abordavam cidadãos em via pública e subtraíam bens sob falsa autoridade. A investigação mostrou que eles comprometiam não apenas a segurança pública, mas também a credibilidade das instituições policiais”, afirmou o delegado responsável pelo caso, Thiago Alexandre.
As investigações apontaram a autoria de quatro suspeitos, de 20, 25, 30 e 40 anos. O líder do grupo, o mais velho, se apresentava falsamente como “delegado Adriano da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE)”. Dessa forma, ele utilizava distintivos dourados falsos, colete balístico e até armas de fogo para dar aparência de legitimidade às abordagens criminosas.
Prisões
A Polícia Civil representou pela prisão preventiva dos quatro. As diligências que resultaram nas prisões ocorreram em dois momentos. A equipe prendeu o líder do grupo na terça-feira, dia 9, e os outros ontem, dia 10.
Os três já estavam recolhidos no sistema prisional por outros crimes e, então, tiveram os novos mandados de prisão cumpridos dentro da unidade. A operação deve ter desdobramentos.
“Embora tenhamos representado pela prisão preventiva dos quatro envolvidos e três já estejam recolhidos, seguimos em diligências para localizar o quarto integrante e investigar outros possíveis crimes e participantes do grupo”, ressaltou o delegado.
A primeira fase da investigação se encerrou e inicia agora uma segunda fase: a responsabilização de todos os demais crimes cometidos por eles e levantados na investigação.
Thiago Alexandre reforçou à população: “Caso alguém seja abordado de forma suspeita ou presencie apreensões sem documentação formal, deve entrar em contato imediatamente com o setor de operações do 4º DP, pelo número (95) 99168-2647”, afirmou. As informações ficarão em sigilo absoluto.
Fonte: Da Redação