Um abaixo-assinado on-line pede a cassação do deputado Jalser Renier (SD). Conforme a petição pública, as assinaturas devem ser protocoladas como representação na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR). Ao todo, 268 pessoas já assinaram o pedido.
De acordo com o documento, o pedido de cassação ocorre por quebra de decoro parlamentar. Isso por causa dos escândalos de corrupção, bem como a prisão de Jalser. Ele é suspeito de ser o mandante do sequestro e tortura do jornalista Romano dos Anjos.
O abaixo-assinado cita ainda que o deputado foi preso por diversas vezes, inclusive, na “Operação Praga do Egito”, que virou escândalo na imprensa nacional.
“Como não lembrar que, no ano de 2003, Jalser Renier foi preso durante a “Operação Praga do Egito”, deflagrada pela Polícia Federal, onde foi acusado de ser um dos principais operadores do esquema e de ter recebido o valor de R$ 1.319.852,69 em recursos públicos desviados , entre janeiro e julho do ano de 2002”, diz o texto.
Pedidos de cassação
No dia 5 de outubro, o Partido Social Liberal (PSL) protocolou o pedido de cassação do parlamentar na ALE-RR, quatro dias após a prisão dele na operação Pulitzer. A representação aponta quebra de decoro parlamentar e requer a perda do mandato.
No dia 19 de outubro o jornalista Iury Carvalho também pediu o afastamento de Jalser por 60 dias. Já no dia 10 de novembro, Iury entrou com uma nova representação na ALE-RR. Dessa vez ele pediu o andamento do processo.
Prisão de Jalser
Jalser, assim como nove militares e um ex-servidor da ALE-RR, foram presos nas duas fases da Operação Pulitzer e denunciados pelo Ministério Público de Roraima (MPRR).
A Assembleia decidiu, por unanimidade, manter a prisão do parlamentar. Entretanto, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu o relaxamento da prisão de Renier e o Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR) impôs medidas cautelares.
Depois disso, o deputado pediu para retirar as medidas, mas o STJ negou e determinou que a ALE-RR decidisse sobre o caso.
Em contrapartida, todos os outros presos também entraram com pedido de habeas corpus no STJ. Contudo, todos tiveram o pedido negado.
Fonte: Da Redação