Três ex-funcionárias do extinto Partido Social Liberal (PSL), atual União Brasil, cobram pagamento de indenizações de condenações em ação trabalhista.
A agremiação, que tem como presidente estadual o deputado federal Nicoletti, foi condenada por carga horária excessiva, falta de pagamento de horas extras, danos morais e materiais por doença ocupacional e assédio. Por isso, a organização deve pagar as quantias de R$ 48 mil, R$ 24 mil e R$ 6 mil às ex-funcionárias.
A primeira condenação ocorreu em outubro de 2022 e a segunda em abril de 2023. Desde então, o partido não realizou o pagamento das indenizações, conforme explica o advogado Henrique Dias, que representa os ex-funcionários no caso.
“Basicamente o partido não existe, sumiu. Tanto o PSL como União Brasil. Ninguém quer pagar e a dívida está aí […] o juiz tenta bloquear bens, veículos, incluir os partidos na dívida trabalhista. Isso tudo com a intenção de coagir o partido a pagar e mesmo assim não pagam”, ressaltou.
Uma das ex-funcionárias disse que quer apenas receber os seus direitos. “A gente só quer receber os nossos direitos. Tanto o meu que é questão trabalhista, como das meninas. E também o meu de saúde porque es estou sem trabalhar”.
Preconceito
Em junho de 2022, ex-funcionários do partido buscaram a imprensa para falar sobre o caso. Um deles afirmou ter sofrido preconceito de Nicoletti por ser homossexual.
“Eu sou homossexual. Sofri, eu escutei nos bastidores [ele] me chamando de veadinho, ‘cadê aquele veadinho?’. Eu soube que o próprio Nicoletti me chamava de veado”, disse.
No processo, os ex-funcionários relataram ainda que não receberam aviso prévio das demissões, que aconteceram em 2021. Um deles alegou que após dois anos de trabalho, recebeu o diagnóstico de Síndrome de Burnout, distúrbio caracterizado pelo estado de tensão emocional e estresse.
Citado
Procurado, o deputado Nicoletti afirmou que desconhece a informação e que atualmente é presidente do União Brasil.
Fonte: 93 FM