A Justiça de Roraima condenou o senador Chico Rodrigues (DEM) a pagar uma dívida de 2014. O valor é de mais de R$ 321 mil, além dos juros e correção monetária.
Conforme a empresa, ele contratou a instalação de placas eleitorais para o pleito, mas não pagou pelo o serviço.
Chico disputava, naquele ano, o cargo de governador, contudo, perdeu as eleições. À época, o partido dele era o PSB, também condenado no processo.
A reportagem tenta contato com o PSB, e pediu posicionamento do parlamentar.
Sentença
A sentença contra o senador é do mês de agosto, e assinada pelo juiz Angelo Augusto Graça Mendes.
Ele diz que o candidato não pode deixar de pagar a dívida feita em campanha, alegando que o contrato já finalizou.
De acordo com a empresa, as placas foram colocadas em Boa Vista e cidades do interior. Além disso, um contrato apresentado no processo comprovou o serviço prestado.
Cada placa instalada na capital custava R$ 90. Em outra cidade o preço subia para R$ 120.
O PSB ainda quis que apenas Chico Rodrigues pagasse a dívida, mas o juiz não aceitou. Depois de perder as eleições, o político mudou de partido.
Escândalo
Eleito em 2018 para o Senado Federal, Chico é suspeito de participar de um esquema que desviou R$ 20 milhões da Saúde Estadual, destinados ao combate da Covid-19.
No mês de outubro de 2020, a Polícia Federal fez a Operação Desvid-19, e cumpriu mandados de busca e apreensão.
Os agentes estiveram na casa de Chico, onde o flagraram com R$ 33 mil escondidos na cueca. Ele nega todas as acusações.
Depois do escândalo, ele perdeu o posto de vice-líder do governo no Senador, ficou afastado por 121 dias, e, recentemente, a polícia pediu o indiciamento dele.
Ele retornou ao mandato, porém, não pode participar da comissão que avalia os gastos na pandemia, nem falar com outros investigados no caso.
Além disso, ele está sendo investigado por suspeita de contratos ilegais na Saúde Indígena de Roraima. O inquérito tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).
Citado
Em nota, Chico disse que as contas da campanha de 2014 estão aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR), e ainda cabe recurso contra a sentença.
Por Josué Ferreira